Políticas Públicas voltadas para adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde no Município de Belo Horizonte/MG: uma análise sob a perspectiva dos profissionais de saúde

Autores

  • Maria José Nogueira Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz
  • Celina Maria Modena Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz
  • Virgínia Torres Schall Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz

Palavras-chave:

Sexualidade, Adolescência, Políticas Públicas

Resumo

Segundo dados do IBGE (2000), 21% da população brasileira encontra-se na faixa dos 10 aos 19 anos, sendo 50,4% do sexo masculino e 49,6% do sexo feminino. Apesar do número elevado, muitos desses jovens ainda não têm acesso a informações e serviços adequados no âmbito da saúde sexual e reprodutiva que garantam, aos mesmos, o exercício da sexualidade de maneira segura e responsável. Desse modo, o objetivo foi analisar, sob a ótica dos profissionais de saúde, como os adolescentes têm sido inseridos nas políticas públicas municipais, principalmente no que se refere aos aspectos da saúde sexual e reprodutiva. Para tal finalidade, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas dirigidas a informantes chaves em sete dos nove distritos sanitários do município. No presente estudo, ficou demarcado que as dificuldades de atendimento ao público adolescente, além daquelas inerentes ao próprio sistema de saúde (recursos econômicos escassos, infra-estrutura deficiente, escassez de programas de capacitação profissional, etc.), perpassam por outras esferas da sociedade como, por exemplo, pelo âmbito da educação e pela dimensão cultural. As ações e estratégias de atendimento ao público adolescente nas Unidades Básicas de Saúde ainda são incipientes, pontuais, voltadas para o aspecto curativo em detrimento de uma abordagem educativa.

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Biografia do Autor

Maria José Nogueira, Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz

Possui graduação em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1996), Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003) e doutorado em Ciencias da Saúde pela Fundaçao Osvaldo Cruz- CPqRR (2008). Atualmente é pesquisadora da Fundaçao Osvaldo Cruz- CPqRR . Integra a equipe de pesquisa em sexualidade e gênero do laboratório de Educaçao em Saúde da Fundação Osvaldo Cruz. É professora colaboradora do programa de Pós -Graduação em Ciências da Saúde do Instituto de pesquisa René Rachou- IRR/FIOCRUZ. Atua principalmente nos seguintes temas: medicina social, adolescência, materiais educativos, gênero, sexualidade e mídia.

Celina Maria Modena, Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977), graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003), mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (1981) doutorado em Ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1989) e pós doutorado em Saude Coletiva pela Fiocruz .Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Educação em Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, saúde coletiva, psicologia social, representação social em saúde, determinantes sociais dos agravos em saúde e informação, educação e comunicação em saúde.

Virgínia Torres Schall, Centro de Pesquisa René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1978), Mestrado em Fisiologia (área de concentração: Neurofisiologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (1980) e Doutorado em Educação pela Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996). É pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz, tendo criado o Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde (LEAS), no Instituto Oswaldo Cruz, RJ, o qual chefiou até 1999. Em 2001, criou o Laboratório de Educação em Saúde do Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/FIOCRUZ, MG) . Coordenou a implantação do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do CPqRR, do qual foi coordenadora de 2002 a 2006, sendo membro do seu colegiado até outubro de 2008. Em 1998, implantou e coordena desde então o Programa de Vocação Científica (PROVOC/FIOCRUZ), hoje incorporado como PIBIC Júnior no CPqRR/ FIOCRUZ. É consultora ad hoc do CNPq, da CAPES, da SVS/MS e do MEC. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação em Saúde, atuando principalmente nas seguintes áreas: prevenção de doenças infecciosas e parasitárias, promoção da saúde, saúde e comportamento. Dedica-se também à divulgação científica, sendo autora de vários livros infanto-juvenis e jogos sobre temas científicos. Concebeu o primeiro projeto do Museu da Vida (FIOCRUZ, Rio de Janeiro), e participou da equipe de implantação do mesmo, sendo responsável pela criação do Ciência em Cena, teatro que apresenta peças sobre temas científicos. Membro da equipe de implantação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Ambiente, coordena a Regional Minas-Sul da mesma. Recebeu diversos prêmios científicos, destacando-se o de Divulgação Científica José Reis do CNPq e o de Divulgação Científica Francisco de Assis Magalhães Gomes do Estado de Minas Gerais. Recebeu também alguns prêmios literários pela obra poética. É docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, ministrando as disciplinas: Saúde Coletiva e Educação em Saúde.

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Publicado

2010-05-17

Edição

Seção

Artigos Originais