Uso de extrato aquoso de pimenta malagueta (Capsicum frutescens L.) em testes de sobrevivência sobre Achatina fulica (Bowdich, 1822) (Mollusca, Gastropoda)

Autores

  • Vasconcelos Oliveira Silva Júnior Graduado do Curso de Ciências Biológicas do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora-CESJF, Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Antônio Marcos Oliveira Toledo Pós-graduação em Ciências Biológicas – Comportamento e Biologia Animal, Departamento de Zoologia, ICB, Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Paula Ferreira de Abreu Professora do Curso de Ciências Biológicas do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora-CESJF, Juiz de Fora, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34019/2596-3325.2018.v19.24714

Resumo

Achatina fulica (Bowdich, 1822) é um molusco pulmonado terrestre originário do Leste-Nordeste da África, que se disseminou por todo o mundo, como praga agrícola e hospedeiro de várias doenças de interesse médico-veterinário, Foi introduzido no Brasil por volta de 1980 por criadores do Paraná, visando substituir o escargot Helix aspersa (Müller, 1774), embora exista relato da introdução desse molusco na Região Sudeste por volta da década de 1970. Com o insucesso na comercialização dessa espécie, foi solto no ambiente sem qualquer cuidado, causando assim um desequilíbrio na fauna nativa. Produtos sintéticos foram usados para tentar conter esse molusco, mas sem êxito, além de serem inviavelmente mais caros. O uso de produtos naturais vem sendo estudado há vários anos tentando chegar a uma substância que não agrida o meio ambiente e outras espécies. Com isso Capsicum frutescens L. (Solanaceae) conhecida popularmente como pimenta malagueta, possui algumas substâncias como alcaloides, compostos fenólicos e taninos, que sugere-se que possuam uma suposta taxa moluscicida. Nesse trabalho utilizou-se do método direto, que consiste da aplicação do extrato aquoso diretamente sobre os moluscos. O experimento foi realizado no Laboratório de Zoologia dos Invertebrados do CES-JF, além da triagem fitoquímica concomitante para identificação dos principais compostos presentes no extrato aquoso. Este trabalho objetivou-se em testar o extrato aquoso de C. frutescens sobre a sobrevivência de indivíduos de 30 e 120 dias de idade, utilizando-se de nove concentrações, 10%, 9%, 8%, 7%, 6%, 5%, 4%, 3% e 2%, o acompanhamento deu-se durante 30 dias. Os resultados foram eficientes em indivíduos de 30 dias de idade, causando 100% de mortalidade, no grupo controle não houve mortes, em indivíduos de 120 dias de idade as concentrações 10%, 9%, 8%, 7% atuaram como moluscicida, causando 100% de mortalidade, nas demais concentrações houve sobrevivência, mas são necessários mais estudos com moluscos terrestres com a utilização de extratos vegetais para se obter maiores informações a respeito das variações na ação desses extratos, e em qual ciclo de vida pode-se apresentar letal ou apenas irritante.

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Publicado

2018-01-06