Distribuição espaço-temporal de poliquetas Nereididae, Capitellidae e Spionidae em planícies lamosas no complexo portuário-estuarino de Santos (SP)

Autores

  • Ivan Rodrigo Abrão Laurino Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.34019/2596-3325.2017.v18.24609

Resumo

Estuários possuem relevante importância ecológica na zona costeira, abrigando comunidades bentônicas de expressivo papel na produtividade secundária. Efeitos de atividades antrópicas nestes ecossistemas podem ser evidenciados por meio de programas de monitoramento ambiental, os quais são aprimorados a partir da utilização de poliquetas, organismos susceptíveis a distúrbios. O conhecimento da distribuição destes invertebrados em planícies lamosas, incluindo seus padrões de zonação, se mostra fundamental para a elaboração de delineamentos amostrais eficientes. Desta forma, o presente trabalho objetivou investigar o padrão de zonação de três famílias de poliquetas (Nereididae, Spionidae e Capitellidae) em planícies lamosas do complexo portuário-estuarino de Santos (SP). Os organismos foram coletados em três zonas nas planícies lamosas: franja do infralitoral (ZI), porção intermediária do mesolitoral (ZM) e a franja do supralitoral (ZS). Os resultados evidenciaram um padrão de zonação, considerando as famílias Nereididae e Capitellidae, sendo que as assembleias variam seus padrões ao longo do tempo. Foi observado que a zona predominante destes organismos corresponde às porções superior e média da planície (ZS e ZM), sendo os mesmos encontrados em baixas densidades na porção inferior (ZI). Apenas a Família Spionidae não apresentou nenhum padrão de zonação, sendo sua distribuição variável ao longo do tempo.  Nesse sentido, a presente contribuição traz evidencias de que programas de monitoramento com coletas focadas na porção inferior das planícies lamosas podem não englobar satisfatoriamente as assembleias de Nereididae e Capitellidae. Tal fato deve ser considerado visando não comprometer a identificação precisa das variações nas comunidades macrobentônicas e, consequentemente, dos impactos antrópicos na região.

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Publicado

2017-07-10