Predação de ninhos de Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) (Testudines, Chelidae) em remanescente de Mata Atlântica – Nordeste do Brasil

Autores

  • Carina Carneiro de Melo Moura UFRPE
  • Eliana Sofia Fajardo Vega UFRPE
  • Sérgio Luiz da Silva Muniz UFRPE
  • Josivan Soares da Silva UFRPE
  • Alane Ayana Vieira de Oliveira Couto UFRPE
  • André Ribeiro de Arruda UFRPE
  • Elcida de Lima Araújo UFRPE
  • Geraldo Jorge Barbosa de Moura UFRPE

Resumo

A espécie Phrynops geoffroanus é registrada amplamente na América do sul, sendo conhecida popularmente como “cágado-de-barbicha”, nidifica entre fevereiro e agosto podendo eclodir em média depois de três a seis meses de incubação. Dentre os principais predadores dos ovos de P. geoffroanus, destacam-se “répteis”, aves e pequenos mamíferos. Tendo em vista o pouco conhecimento a cerca da predação de ninhos de P. geoffroanus, este trabalho objetivou determinar se há diferença na densidade e distribuição espacial de ninhos predados nas bordas de diferentes corpos d’água. O estudo foi realizado na Estação Ecológica de Tapacurá - EET, remanescente de Mata Atlântica estacionária, no estado de Pernambuco, Brasil. Os dados foram coletados emsetembro de 2011, através de buscas ativas realizadas em quinze metros de perímetro que margeiam dois corpos d’água lênticosna EET. Foram encontrados 53 ninhos predados, sendo 34 na área 1, em média 5,38 ovos/ninho (s=3,81 e amplitude 1-19) e 19 ninhos na área 2, em média 4,58 ovos/ninho (s=2,219 e amplitude 2-8). As densidades foram de 1,1*10-2 ninhos/m² e 1,8*10-2 ninhos/m² respectivamente na área 1 e 2. Houve diferença significativa entre as áreas no que se refere às distâncias dos ninhos predados em relação à água, com maior frequência de predação nos ninhos mais afastados da água. No entanto, não houve diferença significativa na distância entre ninhos, com média em torno de 2m e profundidade dos ninhos variando entre 10 a 15 cm. Os resultados deste estudo sugerem que a população de P. geoffroanus sofre predação frequente dos ninhos, e para avaliar a pressão de predação são necessários estudos mais precisos que elucidem a dinâmica populacional desta espécie, o que faculta a criação de planos de manejo mais eficientes para sua conservação.

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Biografia do Autor

Carina Carneiro de Melo Moura, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

Eliana Sofia Fajardo Vega, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

Sérgio Luiz da Silva Muniz, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

Josivan Soares da Silva, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

Alane Ayana Vieira de Oliveira Couto, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

André Ribeiro de Arruda, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

Elcida de Lima Araújo, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

Geraldo Jorge Barbosa de Moura, UFRPE

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UFRPE

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Publicado

2014-01-20