Comportamento de alarme em corujas buraqueiras (Athene cunicularia) durante o período reprodutivo no sudeste do Brasil

Autores

  • Giuliano Buzá Jacobucci

Resumo

Durante o período de nidificação, as corujas buraqueiras emitem sinais de alarme para alertar os filhotes sobre perigos.
O estudo desse comportamento foi realizado em 44 tocas. Para simular um potencial predador, um observador se aproximou das tocas, caminhando em direção a suas entradas em três períodos: início da manhã, meio do dia e final da tarde. A distância do intruso à entrada da toca no momento dos primeiros sinais de alarme e o comportamento das corujas após o alarme foram registrados. A maioria dos sinais de alarme foi produzida apenas por fêmeas (50%), seguidas por vocalizações de machos (38%) e do casal (18%). As distâncias do observador variaram de 0 a 90 m. Não foram detectadas diferenças significativas nas distâncias entre períodos do dia (F1,32 = 2,036; p = 0,152 ) e entre machos e fêmeas (F1,33 = 0,385; p = 0,561). Distâncias menores foram registradas para locais de maior circulação (F1, 33 = 25,261; p = 0,0008) e o comportamento pós-alarme variou com a localização dos adultos e idade dos jovens. A emissão de alarme parece ser eficaz para alertar os juvenis do perigo mesmo em áreas urbanas, onde pessoas e cães podem representar importantes ameaças à sobrevivência das corujas buraqueiras.

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Publicado

2009-08-06