Estudo da estabilidade espermática de ouriço-do-mar em diferentes condições de conservação e perfil de toxicidade do metronidazol

Autores

  • Zenaldo Porfírio
  • Valter Alvino

Resumo

Os ouriços-do-mar da espécie Arbacia lixula foram coletados próximo aos recifes da praia de Ponta Verde, na cidade de Maceió. No laboratório, injetou-se 2,5mL de cloreto de potássio (KCl) a 0,5M ao redor da região peribucal, o que provocou a eliminação dos gametas após alguns minutos. Os espermatozóides foram identificados por apresentarem cor esbranquiçada e os óvulos pela cor alaranjada. Para a determinação da forma de acondicionamento, os espermatozóides foram submetidos
às temperaturas de 2-8ºC e 0ºC dentro de tubos fechados com tampa rosqueada e tubos fechados com algodão, e com o passar do tempo foram feitas ativações em água do mar, visualizando-se em microscópio óptico com aumento de 200x as células ativas. Para a toxicidade do metronidazol, soluções na concentração de 10%, 20%, 30% e 50% foram adicionadas aos espermatozóides ativados, monitorando-se a motilidade e em seguida o número de células presentes na amostra foi determinado.
Observou-se que inicialmente havia 65% de células espermáticas com viabilidade. Os espermatozóides que foram acondicionados em tubos fechados com algodão apresentaram menor tempo de conservação comparados aos que foram acondicionados em tubos rosqueados. Já a temperatura de 2-8ºC foi a que manteve por um maior período de tempo a viabilidade das células espermáticas. Desta forma concluímos que concentrações de metronidazol iguais ou acima de 30% mostraram ser tóxicas aos espermatozóides e que o ressecamento do sêmen e a baixa temperatura são fatores desfavoráveis
para a preservação das células espermáticas.

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Publicado

2009-07-28