Espaços de in-diferença e o trabalho doméstico no cinema latino-americano do século XXI

perspectivas decoloniais

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2236-8191.2022.v9.39276

Resumo

Na contramão das teorias hegemônicas do feminismo —eurocêntrico, branco, universalizador da mulher—, oferece-se uma perspectiva decolonial de reconhecimento da diferença, a partir da experiência da mulher racializada no contexto latino-americano. Busca-se entender como filmes latino-americanos do século XXI figuram  mulheres que realizam trabalho doméstico remunerado e convivem entre os espaços da casa onde moram e/ou trabalham e os espaços da cidade em  O pântano (La ciénaga, Lucrecia Martel, Argentina, 2001), A teta assustada (La teta asustada, Claudia Llosa, Peru, 2009), O menino-peixe (El Niño Pez, Lucía Puenzo, Argentina, 2009), Que horas ela volta? (Anna Muylaert, Brasil, 2015). De formas distintas e com graus diferentes de visibilidade, esses filmes chamam a atenção para as diversas maneiras pelas quais as personagens reinventam formas de luta e sobrevivência em meio às múltiplas opressões que atravessam suas vidas como empregadas domésticas.

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Publicado

2022-12-16