A série 3% da Netflix como distopia crítica
Uma breve análise do protagonismo feminino
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-8191.2022.v9.38563Resumo
A série 3% da Netflix, desenvolvida ao longo de quatro temporadas (2016-2020), capta a ideia da “distopia crítica” descrita por Tom Moylan no seu estudo, Scraps of the Untainted Sky (2000). De acordo com Moylan, a distopia crítica apresenta, entre outras características, uma perspectiva feminista, a ilusão de um mundo controlado, a possibilidade de ação coletiva, uma preocupação ambientalista e um final aberto (189-194), todos evidentes na série distópica da Netflix. Além de exemplificar o protagonismo feminino, a série de 3% inclui temas centrais da realidade brasileira de raça e de classe que enriquecem sua crítica social. Ora feminista, ora feminina, a série 3% oferece um leque de vivências de gênero e feminilidade atravessadas por experiências diversas, as quais se prestam à questões de interseccionalidade de teóricas como Kimberlé Crenshaw e Djamila Ribeiro.
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