Goffman e a interação social nonsense em trechos de através do Espelho e o que Alice encontrou lá, de Lewis Carroll
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-2243.2021.v25.34124Resumo
Este artigo tem por objetivo verificar a produtividade dos conceitos de footing e fabricações (Goffman, 1974; 1981) na literatura nonsense. Para realizar esse objetivo, linguisticamente, foram escolhidos dois diálogos extraídos dos livros de Alice, de L. Carroll (1980). Delineado o objetivo, os seguintes procedimentos foram adotados: exposição de alguns tópicos da teoria de Goffman (1974; 1981), enriquecida com as contribuições de teóricos como Bateson (1972), Tannen e Wallat (1987) e Quental (1991; 1994), entre outros, bem como uma análise linguística dos diálogos. Nesse contexto, as molduras, associadas aos limites que nos ancoram no real, se rompem e dão lugar ao sonho de Alice: um mundo sem enquadres, marcado por paradoxos e incertezas.