“A gente demorou mas conseguiu acertar”
a autoetnografia como metodologia crítica de reflexão sobre assimetria e relações de poder em entrevistas de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-2243.2018.v22.27969Resumo
Neste artigo, propomos uma aproximação entre autoetnografia (ELLIS; ADAMS; BOCHNER, 2011) e conceitos da análise do discurso enunciativa, como a semântica global (MAINGUENEAU, 2005), com o objetivo de iluminar alguns impasses teórico-metodológicos que vêm sendo identificados desde deslocamentos da pesquisadora que também faz parte da gestão da escola. Nossos dados foram gerados em entrevistas realizadas no CEFET/RJ, e analisados sob a luz da sociolinguística interacional, considerando a categoria (BIAR, 2015) de trabalho de face (GOFFMAN, 1967). Os resultados parciais apontam para relações de assimetria nas interações, por meio de itens paralinguísticos microinteracionais mostrados na análise, bem como refletem deslocamentos da pesquisadora/coordenadora entre as comunidades discursivas de gestão e educação.