Militância e ocupação
dimensões autoetnográficas na pesquisa sobre movimentos sociais
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-2243.2018.v22.27964Resumo
Neste estudo, revisitamos a pesquisa de Araújo (2015) sobre a relação entre as identidades que os manifestantes de junho de 2013 reivindicavam para si e os episódios de violência policial. Nosso objetivo é discutir as relações da pesquisa com a autoetnografia. Para tanto, observaremos a interação entre pesquisadora e pesquisados ao longo das entrevistas. Partindo de uma perspectiva qualitativa interpretativista (DENZIN; LINCOLN, 2006) em articulação com a Análise de Narrativa (BASTOS; BIAR, 2015), entendemos que as atividades da pesquisa de 2015 se aproximam da etnografia. As vivências da primeira autora alinham-se às dos entrevistados (VERSIANI, 2005). Além disso, a interpretação conjunta dessas experiências remete a um ‘nós’ autoetnográfico (ELLIS, 2004). É dessa forma que os participantes das manifestações de junho de 2013 significam suas atuações, movimento que se constitui em uma das questões centrais da etnografia (COELHO, 2016).