17) Estruturas antipassivas em Tenetehára

Autores

  • Fábio Bonfim Duarte (UFMG)
  • Quesler Fagundes Camargos (UFMG)
  • Ricardo Campos Castro (UFMG)

Resumo

 Inglês: Antipassive in Tenetehára (Tupí-Guaraní)
This paper aimsat examining the antipassive constructions in the Tenetehára language (Tupí-Guaraní). Transitive verbs, whichreceive the morpheme {puru-},exhibit the following grammatical properties: (i) they appear in anintransitive structure and (ii) the abstract Case of the internal argument is notvalued by littlev, but by means of the functional posposition-ehe. Assuming a minimalist approach, we will posit that, even though thevP of the antipassive construction selects an external argument, its head is not able to value accusative Case to the internal argument, which is thusdependent on the posposition-ehe to receive an inherent oblique Case. Furthermore, it isassumed that the external argument has to move to a specifier of a higherv P in the tree, whose head is morphologically realized by the verb {-wer} “want”. Thus the external argument triggers an AGREE operation with the φ-features of this head, a situation that explains the emergence of the absolutive agreement pattern in theantipassive constructions.
Keywords:
Tenetehára (Tupí-Guaraní); antipassive construction; minimalist program; feature evaluation.

Tradução:
Este artigo pretende descrever e examinar as construções antipassivas na língua Tenetehára (Tupí -Guaraní). Para isso, será mostrado que os verbos transitivos, ao receberem o morfema {puru-}, passam a apresentar as seguintes propriedades de construções antipassivas: (i) eles passam a ter uma estrutura sintática intransitiva e (ii) o Caso abstrato do argumento inter no não é valorado por v , mas sim pela posposição - ehe . De modo geral, tais configurações se comportam essencialmente como orações intransitivas. Em uma abordagem minimalista, mostraremos que a principal diferença entre uma oração antipassiva e uma transiti va é que, embora o v P antipassivo selecione um argumento externo, o seu núcleo não é capaz de valorar o Caso abstrato do argumento interno. Por essa razão, o objeto é dependente da posposição - ehe para o Caso oblíquo inerente. Além disso, diferentemente do que ocorre na derivação de construções transitivas, o traço- φ do v P antipassivo é lexicalmente valorado , o que não permite a concordância (sistema nominativo), em termos de traço - φ, com seu argumento externo. O resultado é que esse argumento externo se mo ve para a posição de Spec do v P mais alto na estrutura arbórea, cujo núcleo é instanciado pelo verbo {-wer } “querer”, com o qual estabelece uma relação de concordância em termos de traço - φ , engatilhando o segundo paradigma de concordância (sistema absolutivo).
Palavras-chave:
Tenetehára (Tupí-Guaraní); construção antipassiva; programa minimalista; valoração de traços

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Publicado

2016-06-21

Edição

Seção

Artigos