A interpretação de Wittgenstein sobre a linguagem agostiniana

Autores

  • Carolina Orlando Bastos

Palavras-chave:

Formação da linguagem, Jogos de linguagem, Linguagem e religião

Resumo

Para Agostinho, a linguagem é essencialista, responsável pela representação das coisas e
do mundo – essa concepção foi utilizada desde os filósofos gregos até o positivismo
lógico do século XX – e apresenta duas funções principais: corresponder cada palavra à
designação de um objeto e fazer referência à própria mente, pois o espírito fornece a
imagem do objeto. Diante desta perspectiva, Wittgenstein irá propor uma mudança no
entendimento da formação da linguagem, afirmando que existem diversas formas,
chamadas de jogos de linguagem, que são capazes de expressar uma forma de vida, uma
vez que o indivíduo pertence ao contexto, ou seja, o que fornece o significado de uma
palavra é sua utilização. Assim, a linguagem é pragmática e o processo de aprendizado
da língua materna é natural – não descarta a proposta de Agostinho, mas explica que ela
é apenas uma fase, que não inclui as outras formas de comunicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Obras primárias

AGOSTINHO. De magistro. Tradução: Ângelo Ricci. Instituto de Filosofia.
Universidade do Rio Grande do Sul, 1956.
______. Confissões. Tradução: José de Oliveira Santos e Ambrósio de Pina. Petrópolis:
Vozes, 2009.
WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. Tradução: Marcos G. Montagnoli.
Petrópolis: Vozes, 2009.

Obras secundárias

CASTRO, R. DE J. DE K. Aspects of Wittgenstein's critique of Augustine. Kalagatos,
Fortaleza, vol. 5, p. 151-170, 2006.
GILSON, E. Introduction a l’étude de Saint Augustin. Paris: J. Vrin, 1943.
GLOCK, H-J. Dicionário Wittgenstein. Tradução: Helena Martins. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1998.
KENNY, A. Wittgenstein. Oxford: Blackwell, 2006.
MATTHEWS, G. B. Santo Agostinho: A vida e as ideias de um filósofo adiante de seu
tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
McGUINNESS, B. Wittgenstein, a Life: The Young Ludwing 1889-1921. Londres:
Penguin, 1988.
MORENO, A. R. Os labirintos da linguagem ensaio introdutório. São Paulo: Moderna,
2000. p. 46-70, 96-108.
SILVA, M. O. S. Wittgenstein para além da linguagem Agostiniana. Recife: Editora
Universitária UFPE, 2012.
SOUZA, L. O. Wittgenstein e a concepção agostiniana da linguagem. Paraná: Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. 2007. p. 29. Disponível em:
<http://www.biblioteca.pucpr.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1124> acesso
em: dezembro de 2012. (dissertação de mestrado).
SPANIOL, W. Filosofia e método no segundo Wittgenstein. São Paulo: Loyola, 1989.
THORNTON, T. Wittgenstein sobre linguagem e pensamento. São Paulo: Loyola, 2007.

Downloads

Como Citar

ORLANDO BASTOS, C. A interpretação de Wittgenstein sobre a linguagem agostiniana. Sacrilegens , [S. l.], v. 10, n. 2, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/26765. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Temática Livre