A querela dos espíritos: o “não sei o quê” que escapa aos números dos “sem religião”

Resumen

quinze milhões de brasileiros se auto-declaram como “sem religião”. Mas, exatamente estaríamos falando do quê, de quem? O que escaparia a esta categoria censitária? Para este contingente populacional, torna-se indiferente exigir que a vida faça sentido? Consciências secularizadas ou crenças que escapam às aderências? Qual o imaginário da “não crença”? Perspectivas necessárias a um cenário religioso plural, pleno de particularidades históricas, cujo crer e pertencer dialogam sob o ritmo da mobilidade subjetiva religiosa. Sob o viés da auto-identificação, destaca-se a necessidade de pesquisas empíricas acerca da experiência religiosa dos sujeitos, daquilo que tece o acontecer religioso, o “não sei o quê” que os números não revelam.