Søren Kierkegaard: uma fenomenologia da angústia

Autores

  • Roberto Garaventa
  • Humberto Araújo Quaglio de Souza

Palavras-chave:

liberdade, angústia, pecado, fé, existência

Resumo

Em O Conceito de Angústia (1844) de S. Kierkegaard, a existência humana se mostra
constitutivamente assinalada por múltiplas formas de angústia: a angústia da liberdade
ou do nada, que o indivíduo experimenta quando decide escolher a si mesmo; a angústia
do mal ou da fraqueza; a angústia do bem ou da obstinação; a angústia da sexualidade; a
angústia do amanhã; a angústia do finito. Somente esta última, porém, é propedêutica
em relação ao salto da fé. Nas suas outras formas, ao contrário, a angústia, por ser
também o sintoma mais evidente da liberdade do homem (que experimenta angústia no
momento da escolha justamente porque é livre), se apresenta como um fator
predisponente ao pecado. A liberdade que se encontra nas rédeas da angústia, de fato
induz o indivíduo a agarrar-se ao finito, ao temporal, mais do que ao Infinito, ao Eterno
e, portanto, a pecar, já que o pecado é tradicionalmente aversio a deo et conversio ad
creaturam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

KIERKEGAARD, Søren. Il concetto dell’angoscia. Semplice riflessione di carattere
psicológico orientata in direzione del problema dogmático del peccato originale
(1844), in Opere. Florença: Sansoni, 1972.
______. La ripetizione (1843). Milão: Rizzoli, 1996.
______. Discorsi cristiani, I: Le preocupazioni dei pagani (1848). Turim: Borla, 1963.

Downloads

Como Citar

GARAVENTA, R. .; ARAÚJO QUAGLIO DE SOUZA, H. Søren Kierkegaard: uma fenomenologia da angústia. Sacrilegens , [S. l.], v. 8, n. 1, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/26494. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Temática Livre