Fundamento e Linguagem

um problema entre Agostinho e Agamben

Autores

  • Danilo Mendes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Felipe de Queiroz Souto Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2237-6151.2024.v21.47228

Palavras-chave:

Linguagem, Fundamento, Palavra

Resumo

Qual o fundamento da linguagem? Partindo desta questão, Agostinho em sua obra De Magistro e Agambem em seu seminário sobre A linguagem e a morte tentam articular uma resposta. Enquanto Agostinho se mantém num argumento teológico e aponta este fundamento no Mestre, o próprio Deus que sustenta a linguagem; Agamben articula uma reflexão heideggeriana para pensar a ausência de fundamento da linguagem e a manutenção da sua pendência. Embora os autores estejam em tempos tão distantes e filosofam de forma diferente entre si, ambos estão pensando sobre o mesmo problema e este é o fio condutor deste artigo. Para concentrar a objetividade da discussão, utilizamos os textos apresentados de Agostinho e Agamben e da hermenêutica filosófica para o desenvolvimento do debate.

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Biografia do Autor

Felipe de Queiroz Souto, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutorando em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestre em Ciências da Religião pela PUC-Campinas.

Referências

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Publicado

2025-02-12

Como Citar

MENDES, D. .; SOUTO, F. de Q. Fundamento e Linguagem: um problema entre Agostinho e Agamben. Sacrilegens , [S. l.], v. 21, n. 2, p. 12–25, 2025. DOI: 10.34019/2237-6151.2024.v21.47228. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/47228. Acesso em: 22 fev. 2025.

Edição

Seção

Dossiê: Hermenêutica da religião