O papel da linguagem na experiência religiosa a partir da obra De Magistro de Agostinho
DOI:
https://doi.org/10.34019/2237-6151.2023.v20.40339Palavras-chave:
Agostinho, Conhecimento, Linguagem, Experiência ReligiosaResumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar a obra De Magistro de Agostinho e, através dela, lançar lumes à reflexão da experiência religiosa pelo fio condutor da linguagem e trazer contribuições à área da Filosofia da Religião. Para este propósito, embasar-se-á a investigação em obras e revisões de literaturas especializadas, a fim de abordar o conteúdo e a fundamentação do tema proposto. Diante do colóquio entre o filósofo Agostinho e o seu filho Adeodato na obra supracitada, analisar-se-á o fato de que não se pode falar sobre uma determinada coisa sem sinal, se, no momento em que a fazemos, somos interrogados; mais precisamente, as palavras, enquanto signos, significam alguma coisa, palavras são sempre sinais (signos) e, igualmente, um sinal não pode ser sinal sem significar algo. Nesse itinerário, a linguagem passa a se configurar tão fundamental em nossa relação com o mundo, tanto do ponto de vista cognitivo, quanto prático, que será encaminhada à articulação e o embasamento teórico de que na potencialidade da linguagem está contida a condição de possibilidade de experiência entre ser humano e sagrado.
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