Tudo é vaidade
uma crítica de Coélet ao javismo deuteronomista
DOI:
https://doi.org/10.34019/2237-6151.2023.v20.40012Palavras-chave:
Bíblia Hebraica, Eclesiastes, Teologia da retribuição, História de IsraelResumo
O presente artigo tem como proposta apresentar uma crítica do livro de Eclesiastes ao javismo deuteronomista, aqui entendido como a religião que se tornou predominante na obra histórica deuteronomista, isto é, os livros históricos de Deuteronômio a Reis. Essa crítica se dá em três aspectos principais que se relacionam entre si, ou seja, a teologia da retribuição, a sabedoria e a história. Além desses, interessa a essa pesquisa a avaliação de Coélet sobre a política, como um desdobramento da sua perspectiva sobre esses três aspectos do javismo. Sendo assim, é preciso caracterizar essa corrente religiosa, bem como a relação entre a história de Israel e o relato presente na Bíblia Hebraica, para que fique clara a diferença entre essa perspectiva e aquela do Eclesiastes. Em seguida, apresenta-se a crítica do livro de Eclesiastes à teologia da retribuição, à pretensão de se saber quem Deus é e como age, isto é, a crítica à sabedoria, à história e, por fim, à monarquia e à política, como desdobramento de todas as outras.
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