Søren Kierkegaard: uma fenomenologia da angústia
Palavras-chave:
liberdade, angústia, pecado, fé, existênciaResumo
Em O Conceito de Angústia (1844) de S. Kierkegaard, a existência humana se mostra
constitutivamente assinalada por múltiplas formas de angústia: a angústia da liberdade
ou do nada, que o indivíduo experimenta quando decide escolher a si mesmo; a angústia
do mal ou da fraqueza; a angústia do bem ou da obstinação; a angústia da sexualidade; a
angústia do amanhã; a angústia do finito. Somente esta última, porém, é propedêutica
em relação ao salto da fé. Nas suas outras formas, ao contrário, a angústia, por ser
também o sintoma mais evidente da liberdade do homem (que experimenta angústia no
momento da escolha justamente porque é livre), se apresenta como um fator
predisponente ao pecado. A liberdade que se encontra nas rédeas da angústia, de fato
induz o indivíduo a agarrar-se ao finito, ao temporal, mais do que ao Infinito, ao Eterno
e, portanto, a pecar, já que o pecado é tradicionalmente aversio a deo et conversio ad
creaturam.
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Referências
psicológico orientata in direzione del problema dogmático del peccato originale
(1844), in Opere. Florença: Sansoni, 1972.
______. La ripetizione (1843). Milão: Rizzoli, 1996.
______. Discorsi cristiani, I: Le preocupazioni dei pagani (1848). Turim: Borla, 1963.
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