Atividade antioxidante de araçá amarelo (Psidium cattleyanum) e cajá-manga (Spondias dulcis)
Palavras-chave:
Atividade antioxidante, Araçá amarelo, Cajá-mangaResumo
O efeito protetor associado ao consumo de frutas e hortaliças tem sido atribuído, em parte, à presença de fitoquímicos. O objetivo deste estudo foi determinar conteúdo de compostos fenólicos (CFT) e a atividade antioxidante (AA) dos extratos bruto (EB) e fenólico (EF) de araçá amarelo (Psidium cattleyanum) e cajá-manga (Spondias dulcis). Os frutos de araçá e a polpa de cajá-manga foram macerados em metanol: etanol: acetona 1:1:1 (v/v/v), seguido de filtração e extração líquido: líquido (remoção de lipídeos). A camada etérea foi removida e os solventes evaporados em rotaevaporador a 40°C seguido de solubilização em água destilada (EB). Os compostos fenólicos (CF) foram isolados do EB utilizando extração em fase sólida (C18), enquanto compostos hidrossolúveis de origem não fenólica (CHNF) como açúcares, proteínas e ácidos orgânicos foram removidos. Os CF foram solubilizados em água destilada (EF). O CFT foi quantificado pelo método Folin-Ciocalteu e a AA dos extratos foi determinada pelos ensaios DPPH e ABTS. Os CFT dos EB e EF de araçá foram 152,09 e 67,26 mg ácido gálico equivalente (AGE)/ 100g fruta fresca, respectivamente. Para cajá-manga (polpa), valores de foram 30,21 (EB) e 0,83 mg AGE/ 100g fruta fresca (EF) foram encontrados. Para ambas as frutas, o CFT do EB foi superior ao do EF, o que sugere a presença de CHNF com atividade redutora, os quais também são quantificados pelo ensaio Folin-Ciocalteu. Pelo método DPPH, a AA (EC50; 50% da concentração inibitória máxima) dos EB e EF de araçá foram de 59,9 e 124,5 g fruta/L extrato, respectivamente, enquanto para cajá-manga, valores de EC50 foram de 964,6 e 6789,0 g fruta/L extrato. Pelo ensaio ABTS, a AA do EB de araçá foi sete vezes superior (1241,2 mol TEAC - capacidade antioxidante equivalente ao trolox / 100g fruta fresca) que a do EF (174,9 mol TEAC/ 100g fruta fresca). Para cajá-manga, valores de 49,1 (EB) e 1,2 mol TEAC/ 100g fruta fresca (EF) foram encontrados. Para ambas as frutas, a AA do EB foi superior, evidenciando a contribuição de CHNF para a AA dos frutos. Conclui-se que tanto CF quanto CHNF contribuem para a AA de araçá e cajá-manga.
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