Avaliação do estresse oxidativo em pacientes portadores de doença falciforme (df) atendidos no hemocentro regional de Governador Valadares

Autores/as

  • Webert Luiz de Oliveira Silva Arão Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Abigail Marques Trindade Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Antônio Frederico de Freitas Gomides Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Cibele Velloso Rodrigues Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Thaisa Netto Souza Valente Frossard Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares

Palabras clave:

Estresse oxidativo, Doença falciforme, Espécies reativas de oxigênio

Resumen

A doença falciforme (DF) é caracterizada por um elevado estresse oxidativo decorrente da hemólise acentuada das hemácias falciformes e defesa antioxidante deficiente. Sabe-se que o grau de estresse oxidativo é um importante ator na gravidade e nos desfechos clínicos refletindo a diferença entre a anemia falciforme (SS) e SC. Para avaliar o nível de estresse oxidativo e o impacto da terapia de transfusão, nós realizamos dosagens de meta-hemoglobina (MetaHB), malondialdeído (MDA) e as atividades da Superóxido Dismutase (SOD) e Peroxidase (PER) nos eritrócitos de pacientes agrupados em: SC, SS sem e SS com transfusão, cinco pessoas por grupo. Nos dados tabulados foram aplicadas análises estatísticas: testes não paramétricos, Kruskal-Wallis (associação entre grupos), Mann-Whitney (associação par a par) e teste de Spearmann (correlações entre os três grupos e entre cada grupo). Para as dosagens de MetaHb e TBARS observaram-se diferenças significativas entre os três grupos (p = 0,032 e p = 0,05 respectivamente). A concentração de MetaHb foi menor no grupo HbSSt seguido de aumento nos grupos HbSS e HbSC, respectivamente. Quando os grupos foram analisados aos pares, encontrou-se diferença na MetaHb (p = 0,016) entre HbSS e HbSSt, o que reflete os benefícios da transfusão. Para TBARS, uma medida da quantificação indireta do MDA envolvido na peroxidação lipídica, houve diferença entre os grupos HbSC e HbSSt (p = 0,019), onde HbSC apresentou menor dosagem de TBARS. Esses dados sugerem que HbSC estão menos suscetíveis a peroxidação lipídica e indica que esses pacientes estão mais protegidos das Espécies Reativas de Oxigênio (ERO). Encontramos também forte correlação negativa (r = -0,732) entre TBARS e SOD (p = 0,016) no grupo HbSC e forte correlação positiva (r = 0,766) entre TBARS e SOD (p = 0,010) no grupo HbSS. A SOD converte radicais superóxido em H202 sendo a primeira linha de defesa antioxidante contra ERO. Os achados para o grupo HbSC, refletem que uma diminuição de TBARS é acompanhada do aumento da atividade de SOD, caracterizando-se por menor peroxidação em HbSC. As avaliações são importantes como marcadores de estresse oxidativo e para fins de acompanhamento de terapias como é o caso de transfusão sanguínea na DF. 

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Publicado

2025-05-14

Cómo citar

ARÃO, W. L. de O. S. . .; TRINDADE, A. M. . .; GOMIDES, A. F. de F. . .; RODRIGUES, C. V. . .; FROSSARD, T. N. S. V. . . Avaliação do estresse oxidativo em pacientes portadores de doença falciforme (df) atendidos no hemocentro regional de Governador Valadares . Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade, [S. l.], v. 2, n. 1, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/rcts/article/view/47544. Acesso em: 5 dic. 2025.

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