Estudos de indicadores nutricionais e biomarcadores bioquímicos e moleculares em indivíduos com doença falciforme acompanhados no hemocentro de Governador Valadares-MG
associações com o ângulo de fase
Palavras-chave:
Ângulo de fase, Doença falciforme, Avaliação nutricionalResumo
A Doença falciforme (DF) é um grupo de hemoglobinopatias hereditárias. A homozigose da mutação Glu6Val (HbSS) no gene HBB da beta-globina acarreta a forma mais grave, a anemia falciforme (AF). Por sua vez, a variante HbC (Glu6Lis) em combinação com HbS causa uma forma clínica de DF mais branda (HbSC). O Ângulo de Fase (AngF) é considerado uma medida direta da estabilidade das células e reflete a distribuição de água nos espaços intra e extracelular, sendo interpretado como um indicador de integridade de membrana e preditor de massa celular corporal. Estudos mostraram a correlação da mudança de AngF com a composição de ácidos graxos e colesterol de membranas de tecidos em pessoas com DF. Foi sugerido que as medidas de AngF podem fornecer um método não-invasivo para monitorar as intervenções que objetivam alterar a composição de membranas na DF. Objetivou-se avaliar o AngF e associação com parâmetros nutricionais e hematológicos em participantes com DF. Foram avaliados 78 crianças e adolescentes com DF com idade média de 11 anos, sendo 64,1% HbSS e 35,9% HbSC e 53,8% meninos acompanhados no Hemocentro Regional de Governador Valadares da Fundação Hemominas. Foi obtido o valor do AngF através do aparelho de bioimpe-dância elétrica (BIA - TBW® Biodynamics 450). Foram aferidas as medidas de peso, altura, circunferência braquial (CB), dobra cutânea triciptal (DCT), dobra cutânea subescapular (DCSe) e calculado o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência muscular do braço (CMB). No dia da avaliação antropométrica e da BIA foram coletados dados hematológicos. Foi utilizado o programa SPSS, versão 20.0, para a média e o desvio-padrão dos parâmetros quantitativos. Teste de correlação parcial foi realizado controlando o efeito da idade, adotando p<0,05. Foi observada uma associação positiva entre AngF e IMC, CB, DCT, DCS e CMB, nível de hemoglobina; e associação negativa com contagem de reticulócitos na população estudada. Os resultados indicam que o AngF pode ser um preditor das condições clínicas de pacientes com DF, necessitando de validar os dados em maior número de participantes no estudo. Apoio: FAPEMIG CDS-APQ-03522-13; BIC-UFJF/2016-2017;| CT-INFRA/FINEP; CEP: CAAE n° 36767114.1.0000.5147
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