Avaliação do Uso de Plantas Medicinais e Interações Medicamentosas Com a Terapia Alopática em Pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus Usuários do Hiperdia Minas em Governador Valadares
Keywords:
plantas medicinais e medicamentos, Cuidado farmacêutico, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes MellitusAbstract
O aumento da expectativa de vida da população é acompanhado do aumento da prevalência de patologias crônicas como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), doenças de impacto na qualidade de vida e hábitos da população. A procura por tratamentos alternativos ou adicionais ao farmacológico vem crescendo e, o uso de plantas medicinais se torna cada vez mais frequente. Entretanto, esse uso concomitantemente ao tratamento farmacológico alopático, sem aviso ao médico e o desconhecimento sobre os efeitos tóxicos são fatores preocupantes da automedicação e precisam ser esclarecidos. Interações entre medicamentos e plantas medicinais se configuram como um risco à saúde, em especial de portadores de doenças crônicas. Objetivos: Identificação das plantas medicinais utilizadas por pacientes com HAS e DM cadastrados no Programa Hiperdia Minas; identificação das possíveis interações medicamentosas do uso concomitante de plantas medicinais e a terapia medicamentosa convencional; esclarecer sobre o uso racional das plantas medicinais utilizadas visando à adequação da terapia e diminuição de interações medicamentosas. Metodologia: Estudo transversal realizado com 118 adultos vinculados às ESF 1 e 2 do bairro
Santa Rita, utilizando questionário semiestruturado. Resultado: A maioria dos entrevistados é do sexo feminino, idosa, com baixa renda, baixo nível de escolaridade, não praticante de exercícios físicos, aposentada, hipertensa e polimedicada. Dentre as espécies empregadas, as mais citadas foram boldo, chuchu, algodão, capim limão, camomila e erva cidreira. Destas algumas possuem atividade comprovada para uso em HAS ou DM e, todas apresentaram algum tipo de interação com a terapia medicamentosa. Conclusão: O uso de plantas medicinais associado à terapia alopática por indivíduos hipertensos e diabéticos pode trazer sérios riscos à farmacoterapia, diminuindo a eficácia, gerando efeitos adversos ou tóxicos. Os pacientes se apresentam suscetíveis a tais problemas devido à condição, idade e baixo grau de instrução. Portanto, o conhecimento e discussão das práticas de saúde tradicionais em relação ao uso de plantas medicinais por indivíduos com HAS e DM, é de extrema importância, para que possamos atuar de forma efetiva e eficaz na resolução de reais problemas de saúde, aliando o conhecimento popular ao científico para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
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Copyright (c) 2025 Carina Carvalho Silvestre, Ydia Mariele Valadares, Andressa Barros Paschoalim, Jullyana Bicalho Costa, Maria Ludmila da Silva, Mariana Cristina de Assis Ramos

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