Pluriversidade dos Povos e Comunidades Tradicionais do Watu
Educação Intercultural e Bem Viver no Vale do Rio Doce
Keywords:
Ecologia de saberes, Interculturalidade, Socio diversidade, Direitos humanos, EtnociênciasAbstract
O projeto Pluriversidade dos Povos e Comunidades Tradicionais do Watu: Educação Intercultural e Bem Viver no Vale do Rio Doce é vinculado ao Programa NAGÔ (Núcleo de Agroecologia da UFJF/Campus Governador Valadares), em parceria com o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH), e tem por essência e objetivo inspirar a descolonização do pensamento acadêmico por meio do diálogo Inter epistêmico e inclusão de saberes tradicionais e mestres/as populares na universidade. Para tanto, a orientação metodológica do projeto se baseia em uma concepção de extensão e ensino-aprendizagem participativa, horizontal,
intercultural e transdisciplinar. As atividades realizadas entre 2018 e 2019 incluem cursos de extensão com mestres/as populares na universidade, além de oficinas e intercâmbios nas comunidades. Visando promover o protagonismo dos mestres/as populares e a conservação de saberes tradicionais, os cursos e oficinas foram conduzidos por camponeses, indígenas, quilombolas, terapeutas tradicionais e educadores populares. Foram realizados 4 cursos: História e Cultura Indígena, com mestres/as Krenak, Pataxó e Maxakali; História e Cultura Afro-brasileira, com mestres/as quilombolas, representantes do movimento negro e povos de terreiro; Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais; e História e Cultura dos Povos Originários do México, ministrado por um pesquisador mexicano do povo Maya. Fora da universidade, foram realizadas 2 oficinas de Agroecologia e Saúde da Mulher em Tarumirim e na comunidade quilombola de Águas Claras (Virgolândia); 2 Encontros de Benzedeiras e Curandeiros, em Governador Valadares e Marliéria; e a V Roda de Terapias Tradicionais e Saberes da Terra em Caratinga. As ações do projeto envolveram 241 pessoas, incluindo estudantes, professores, técnicos, indigenistas, extensionistas, profissionais da saúde, agricultores e representantes de povos e comunidades tradicionais. Contudo, mais de uma década após a Lei 11.645/2008, que estabeleceu diretrizes para inclusão obrigatória de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo oficial da rede pública de ensino, ainda há uma grande lacuna na educação intercultural no Brasil. Ademais, o atual cenário pede cautela, resistência e persistência. Neste contexto, projetos de extensão e programas de formação intercultural podem ser alternativas para inclusão mestres/ as populares e socialização de conhecimentos tradicionais indígenas, quilombolas e camponeses na universidade pública.
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Copyright (c) 2025 Reinaldo Duque Brasil Landulfo Teixeira, Tayara Talita Lemos, Gustavo de Almeida Santos, Abab Nino Souza Felix Pereira Batista, Janaína Aparecida Julião, Maria Clara de Queiroz Pereira, Falnésio Ghander Soares Borges, Marcela Cruz de Souza Aguilar, Miguel Oliveira Lima, Jaíne Costa Chaves, Matheus Martins de Souza Costa, Pedro Santiago Pereira Zanelatto Carneiro, Maria Eliana Barbosa Pereira Vieira, Shirley Adilson Silva

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