Efeitos de bebida formulada na recuperação pós-exercício

Abstract

Sabe-se que o esporte pode representar estresse fisiológico significativo para os atletas, o que pode ser notado pela magnitude de respostas do sistema endócrino, sistema imunológico ou dano muscular (microtraumas), além de depleção significativa dos estoques de energia e perda de líquidos (Malm et al., 2004; Nédélec et al., 2012; Reilly et al., 2005). Nesse sentido, o cumprimento de necessidades dietéticas é fundamental para a efetividade do processo recuperativo (Burke et al., 2006; Hawley et al., 2006). Nesse sentido, há escassez de estudos com formulações particulares de bebidas achocolatadas experimentais com modificação de sua densidade energética, perfil aminoacídico, teor de cacau e baixa alergenecidade para fins recuperativos pós-exercícios, assim como estudos bem controlados para verificação do efeito de sua ingestão (Silva, 2016). Dentro do escopo investigativo, o presente projeto iniciou com o processo de leitura da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 18/2010 (ANVISA) que estabelece diretrizes acerca dos alimentos para atletas. Notou-se enquadramento e identidade alimentar proximal a caracterização de suplementação esportiva e/ou alimento para substituição parcial de refeições de atletas. Ainda, fez-se o levantamento bibliográfico quanto ao uso de achocolatados utilizados como recuperação de atletas. Além disso, fez-se levantamento de mercado, onde procurou-se conhecer também as bebidas isotônicas e energéticas, hoje disponibilizadas ao consumidor. Durante o processo de pesquisa, houve a redação de um artigo científico de revisão, sustentando o reconhecimento da usabilidade da bebida achocolatada no momento pós-exercícios versus bebidas convencionais. Ficou evidenciado que a bebida achocolatada tem potencial para modular respostas imunes, hormonais, de dano muscular e perceptivas à dor muscular e recuperação, benéficas ao processo recuperativo. Outras etapas da pesquisa (processamento da matriz formulada, analise físico-química, sensorial e experimental frente a exercício físico) ficaram prejudicadas por dificuldades instrumentais e de insumos. Porém, conclui-se que há potencial inventivo e de inovação que colocam perspectivas de continuidade da proposta em futuros processos de fomento.