ESTUDO DE TIOSSEMICARBAZONAS DERIVADAS DE CHALCONAS E SEUS COMPLEXOS DE COBRE(II) COMO POTENCIAIS AGENTES LARVICIDAS CONTRA Aedes Aegypti
Palavras-chave:
Tiossemicarbazonas, Agentes larvicidas, Aedes aegyptiResumo
O Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) é na atualidade um dos mosquitos que mais tem causado problemas de saúde pública, por atuar como o vetor de várias doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika. A estratégia mais eficiente no controle dessas doenças é o combate a proliferação desse vetor. No entanto, o número limitado de agentes larvicidas e o surgimento de populações resistentes ao larvicidas em uso pode comprometer a eficiência desse controle a longo prazo. Fatores como esses tem motivado a busca por novas moléculas que podem atuar como larvicidas. Chalconas e tiossemicarbazonas são compostos orgânicos que se destacam por seu potencial farmacológico. Entre as atividades a eles relacionados podemos destacar a antimicrobiana e citotóxica. Do ponto de vista químico, as chalconas são compostos caracterizadas pela presença de dois grupos aromáticos ligados entre si por meio de uma carbonila α,β-insaturada, enquanto as tiossemicarbazonas são caracterizadas
pelo esqueleto C=N–N– C(=S)–N. Essa última classe destaca-se ainda por sua capacidade quelante, permitindo a obtenção de complexos com as mais variadas atividades farmacológicas, e em muitos casos sendo os mesmos mais ativos que os ligantes livres. Vários são os estudos sobre a atividade larvicida de compostos orgânicos, porém são poucos que utilizam chalconas e tiossemicarbazonas, sendo menor ainda o número de estudos de seus complexos metálicos. Neste trabalho foram preparadas oito tiossemicarbazonas e seus complexos de Cu(II). Esses compostos foram caracterizados a partir de medidas condutimétricas, espectros de infravermelho e ultravioleta e análises temogravimétricas. Larvas no estádio L3 do Aedes aegypti foram expostas aos compostos selecionados na concentração de 10 μmol L-1 e monitorados até a fase adulta, num total de doze dias. Os dados desse ensaio de sobrevivência mostraram que alguns compostos possuem uma alta taxa de mortalidade na concentração utilizada. A fim de avaliar se haveria relação do efeito larvicida com um potencial efeito citotóxico, foi avaliada a capacidade dos compostos em diminuir a viabilidade celular de macrófagos de murinos RAW 264.7 e J774 A.1, por meio do ensaio de MTT. Os compostos foram testados em concentrações na faixa de 0,001 a 100 μM, sendo observados que a maioria dos compostos apresentou acentuado efeito citotóxico nas concentrações mais elevadas e mais marcante nos complexos que no ligante livre. Os resultados indicam o potencial larvicida dos compostos, contudo a relação como o efeito citotóxico deve ser melhor investigada.
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