ABORDAGEM CENTRADA NA FAMÍLIA VIA TELEMONITORAMENTO
estudo de série de casos de lactentes gemelares e prematuras.
Palavras-chave:
Telemonitoramento, Fisioterapia, COVID-19, Abordagem Centrada na Família, Desenvolvimento InfantilResumo
Introdução: O cuidado centrado na família é considerado a melhor prática na prestação de serviços de saúde para crianças e suas famílias e um dos componentes essenciais desse modelo é a colaboração entre a família e o profissional. Frente à necessidade de isolamento social, vivido na pandemia do novo coronavirus, faz-se necessária aimplementação de intervenções via telemonitoramento. Objetivo: Documentar edescrever o efeito da abordagem centrada na família, via telemonitoramento, aplicada em lactentes gemelares e prematuras. Métodos: Estudo de intervenção em uma série de casos, de quatro lactentes, prematuras, gemelares e com fatores de risco para atraso no desenvolvimento motor, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora, sob número CAAE 53214521.6.0000.5147. Foi realizado o telemonitoramento, durante nove semanas, por meio de ligações de vídeo, semanalmente, com cada família. Foram realizados a anamnese, o levantamento das metas das lactentes, o exame físico, o compartilhamento de intervenções e o compartilhamento de resultados entre as famílias e pesquisadoras. Foram utilizadas a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM), a Escala de Objetivos Atingidos ou Goal Attainment Scale (GAS) e a Escala Motora Infantil de Alberta (EMIA) antes e após o período de intervenção. Resultados: As perguntas inspiradas na COPM ajudaram as mães a identificar possíveis problemas e dificuldades na maneira que as lactentes desempenhavam suas habilidades motoras. A EMIA e a escala GAS serviram de
estratégia para definir as metas, considerando o desempenho motor das lactentes e o futuro preferido da família. As lactentes atendidas apresentaram melhor desempenho após a intervenção em todas as metas definidas, alcançando pontuação igual ou acima de 50 no Escore T da GAS, sinalizando uma melhora clinicamente significativa no desempenho motor das participantes. O desenvolvimento motor de todas as lactentes na avaliação pré-intervenção estava adequado para a idade, com percentil entre 25% e 90% na EMIA. Contudo, considerando os fatores de risco para atraso no desenvolvimento motor, a estimulação destas lactentes teve o intuito de evitar e/ou minimizar possíveis prejuízos sensório-motores e foi observado pós-intervenção uma melhora nas habilidades motoras de acordo com a EMIA. Conclusão: A abordagem centrada na família por meio da colaboração família-profissional, via telemonitoramento, permitiu acompanhar e estimular o desenvolvimento motor das lactentes prematuras e gemelares, promoveu uma melhor comunicação entre as famílias e as terapeutas, impulsionou o empoderamento da família e permitiu o acesso a serviços de saúde no período de distanciamento social.
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