ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E PERINATAL EM GOVERNADOR VALADARES, MINAS GERAIS, BRASIL
Palavras-chave:
Gravidez, Cuidado Pré-natal, Assistência Perinatal, Parto, Parto HumanizadoResumo
Introdução: O acompanhamento pré-natal e as condutas adotadas durante o parto são essenciais para garantir o bom desenvolvimento da gestação, prevenir complicações e proporcionar um parto saudável, sem impacto na saúde da puérpera e do recém-nascido. Objetivo: Analisar a assistência pré-natal e perinatal oferecida em Governador Valadares, Minas Gerais, e verificar se há adequação do pré-natal e os fatores associação entre a socioeconômicos, demográficos, comportamentais e reprodutivos. Métodos: Estudo transversal com base de dados pré-existente, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora em novembro de 2016 (CAAE: 61055716.4.0000.5174). Foram incluídas as puérperas dos nascidos vivos no Hospital Municipal de Governador Valadares, no período de maio de 2017 a julho de 2018,
cujas mães residiam neste município ou nos municípios vizinhos. Para a análise da adequação do pré-natal foram utilizados três critérios: 1) início até 16a semana e número mínimo de consultas de acordo com a idade gestacional; 2) práticas dos profissionais nas consultas de pré-natal; 3) orientações oferecidas às gestantes pelos profissionais. Os dados foram arquivados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) 14.0, por meio do qual foi realizada a análise estatística. A associação das variáveis estudadas com os três critérios de adequação do pré-natal foi verificada pelo teste qui-quadrado e todas as variáveis significantes foram introduzidas em um modelo de regressão logística multivariada, considerando significante p < 0,05. Resultados: Participaram do estudo 437 puérperas. A assistência pré-natal foi considerada adequada para 72,5%, 93,1% e 50,1% das
puérperas, considerando os critérios 1, 2 e 3, respectivamente. As gestantes que apresentaram maior chance de terem o pré-natal inadequado, com relação ao critério 1, foram as com menor escolaridade (RC = 1,68; p = 0,046), que não possuíam companheiro (RC = 2,18; p = 0,002), que não trabalharam durante a gestação (RC =2,18; p = 0,003) e as que não planejaram a gravidez (RC = 1,76; p = 0,023). Com relação à assistência perinatal, a presença de acompanhante e contato pele a pele foram apropriados, mas a amamentação na primeira hora de vida foi inadequada. Conclusão: Observou-se a necessidade de aprimorar as orientações fornecidas pelos profissionais e incluir a amamentação na primeira hora de vida. Os resultados podem contribuir para otimizar os serviços de saúde materno-infantil em Governador Valadares.
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