Pluriversidade dos Povos e Comunidades Tradicionais do Watu

Educação Intercultural e Bem Viver no Vale do Rio Doce

Autores

  • Reinaldo Duque Brasil Landulfo Teixeira Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Tayara Talita Lemos Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Gustavo de Almeida Santos Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Abab Nino Souza Felix Pereira Batista Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Janaína Aparecida Julião Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Maria Clara de Queiroz Pereira Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Falnésio Ghander Soares Borges Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Marcela Cruz de Souza Aguilar Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Miguel Oliveira Lima Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Jaíne Costa Chaves Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Matheus Martins de Souza Costa Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Pedro Santiago Pereira Zanelatto Carneiro Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Maria Eliana Barbosa Pereira Vieira Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Shirley Adilson Silva Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares

Palavras-chave:

Ecologia de saberes, Interculturalidade, Socio diversidade, Direitos humanos, Etnociências

Resumo

O projeto Pluriversidade dos Povos e Comunidades Tradicionais do Watu: Educação Intercultural e Bem Viver no Vale do Rio Doce é vinculado ao Programa NAGÔ (Núcleo de Agroecologia da UFJF/Campus Governador Valadares), em parceria com o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH), e tem por essência e objetivo inspirar a descolonização do pensamento acadêmico por meio do diálogo Inter epistêmico e inclusão de saberes tradicionais e mestres/as populares na universidade. Para tanto, a orientação metodológica do projeto se baseia em uma concepção de extensão e ensino-aprendizagem participativa, horizontal,
intercultural e transdisciplinar. As atividades realizadas entre 2018 e 2019 incluem cursos de extensão com mestres/as populares na universidade, além de oficinas e intercâmbios nas comunidades. Visando promover o protagonismo dos mestres/as populares e a conservação de saberes tradicionais, os cursos e oficinas foram conduzidos por camponeses, indígenas, quilombolas, terapeutas tradicionais e educadores populares. Foram realizados 4 cursos: História e Cultura Indígena, com mestres/as Krenak, Pataxó e Maxakali; História e Cultura Afro-brasileira, com mestres/as quilombolas, representantes do movimento negro e povos de terreiro; Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais; e História e Cultura dos Povos Originários do México, ministrado por um pesquisador mexicano do povo Maya. Fora da universidade, foram realizadas 2 oficinas de Agroecologia e Saúde da Mulher em Tarumirim e na comunidade quilombola de Águas Claras (Virgolândia); 2 Encontros de Benzedeiras e Curandeiros, em Governador Valadares e Marliéria; e a V Roda de Terapias Tradicionais e Saberes da Terra em Caratinga. As ações do projeto envolveram 241 pessoas, incluindo estudantes, professores, técnicos, indigenistas, extensionistas, profissionais da saúde, agricultores e representantes de povos e comunidades tradicionais. Contudo, mais de uma década após a Lei 11.645/2008, que estabeleceu diretrizes para inclusão obrigatória de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo oficial da rede pública de ensino, ainda há uma grande lacuna na educação intercultural no Brasil. Ademais, o atual cenário pede cautela, resistência e persistência. Neste contexto, projetos de extensão e programas de formação intercultural podem ser alternativas para inclusão mestres/ as populares e socialização de conhecimentos tradicionais indígenas, quilombolas e camponeses na universidade pública.

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Publicado

2025-05-20

Como Citar

TEIXEIRA, R. D. B. L. .; LEMOS, T. T. .; SANTOS, G. de A. .; BATISTA, A. N. S. F. P. .; JULIÃO, J. A. .; PEREIRA, M. C. de Q. .; BORGES, F. G. S. .; AGUILAR, M. C. de S. .; LIMA, M. O. .; CHAVES, J. C. .; COSTA, M. M. de S. .; CARNEIRO, P. S. P. Z. .; VIEIRA, M. E. B. P. .; SILVA, S. A. . Pluriversidade dos Povos e Comunidades Tradicionais do Watu: Educação Intercultural e Bem Viver no Vale do Rio Doce. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade, [S. l.], v. 3, n. 1, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/rcts/article/view/48173. Acesso em: 5 dez. 2025.

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