Perfil neuropsicológico de pessoas com deficiências
prioridade funcional na recuperação cognitiva
Palavras-chave:
Neuropsicologia, Pessoas com deficiências, NeuroplasticidadeResumo
Introdução: A presença de deficiência exige adaptações na vida do indivíduo e da família. Os impactos psíquico e social sobre as famílias são elevados. Diante desse quadro, conhecer o perfil neuropsicológico e funcional dessas pessoas é imperativo para possibilitar o planejamento de estratégias de reabilitação mais eficazes e de políticas públicas direcionadas para as potencialidades e dificuldades encontradas. Objetivo: Comparar o desempenho cognitivo nas habilidades de memória de curto prazo e de trabalho na modalidade não-verbal e habilidades visoespaciais entre pessoas com diferentes tipos de deficiências. Métodos: Estudo transversal em que pessoas com deficiência intelectual (DI), deficiência física (DF) e deficiência auditiva (DA) participaram de uma avaliação neuropsicológica individual, em que foram avaliadas a inteligência (Raven), memória de curto prazo na modalidade não-verbal (ordem direta Cubos de Corsi), memória de trabalho não-verbal (ordem inversa Cubos de Corsi) e habilidades visoespaciais (Figura Complexa de Rey). Análise de dados: O teste de Kruskall-Wallis foi utilizado para comparação do desempenho entre os três grupos de deficiências e o teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparação do desempenho entre DA e DF. Resultados: Participaram da pesquisa 211 pessoas com deficiências. Houve diferenças significativas entre os desempenhos dos grupos (p<0.05), sendo que as pessoas com DI apresentaram desempenho significativamente inferior. Analisando as pessoas que não possuem DI, verificou-se que as pessoas com DA apresentaram desempenho superior ao grupo DF nas tarefas que avaliam memória de curto prazo, memória de trabalho e habilidades visoespaciais (p<0.05). Discussão: Os participantes com DA apresentaram desempenho superior nas habilidades visoespaciais e memória de curto prazo e trabalho não verbais. Esses dados sugerem a ocorrência de um processo de neuroplasticidade nas pessoas com DA guiada por prioridade funcio-nal, motivada pela necessidade de uma interação com o ambiente que priorize as funções cognitivas visoespaciais. Apoio: FAPEMIG
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