Desempenho das atividades e qualidade de vida em crianças e adolescentes com câncer
Um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.34019/2179-3700.2022.v22.37885Palabras clave:
Câncer, Crianças, Adolescentes, Atividade, Qualidade de vidaResumen
No Brasil, o câncer infantojuvenil representa uma média de 3% de todos os tumores malignos. Durante e após o tratamento de câncer na infância podem ser observados múltiplos efeitos adversos como, redução da aptidão física, força muscular, presença de fadiga, limitações quanto a participação, dor, náusea, distúrbios relacionados ao sono, depressão e consequente baixa qualidade de vida relacionada à saúde, quando comparados à população saudável. No presente estudo transversal, participaram 15 crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer nas 3 fases (pós diagnóstico, tratamento e ambulatorial) e 30 participantes típicos pareados com idade e sexo, ambos entre 5 a 21 anos. Foram coletadas informações pessoais e ambientais e aplicados os instrumentos de atividade e participação (PEDI-CAT) e de qualidade de vida pediátrica (PedsQL). Foi aplicado com o grupo câncer um questionário produzido pela equipe, relacionado ao tratamento e acompanhamento fisioterapêutico. A coleta foi realizada via remota, através de vídeo chamada pelo aplicativo WhatsApp Messenger. Foi observado que não houve diferenças estatisticamente nas características descritivas entre os grupos. Em relação ao tratamento e acompanhamento fisioterapêutico, observamos que é focado em exercícios de fortalecimento e respiratórios e realizado principalmente na fase inicial (internação). Foi encontrado diferença estatisticamente significativa entre os grupos, no domínio de mobilidade do PEDI-CAT. Verificou-se que há prejuízos na qualidade de vida de ambos os grupos, podendo ser reflexo das mudanças impostas pela pandemia do COVID-19. Podemos concluir que o grupo câncer apresentou baixa capacidade no desempenho de mobilidade (PEDI-CAT) quando comparado com o grupo controle. Em relação às intervenções fisioterapêuticas, não estão sendo realizadas focadas na tarefa. Contudo, o presente estudo corrobora com uma nova possibilidade de atuação e visão em relação à prática clínica.
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