A família como convenção da representação dos imigrantes nos monumentos das cidades do ABC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2023.v17.41340

Palavras-chave:

Comunicação, Monumento público, Semiótica, Memória, Imigrante

Resumo

As cidades são compostas por memórias e histórias que representam os cidadãos que nela habitam. Os monumentos públicos são uma das formas de fazer essa representação, simbolizando a cultura regional, gerando sentido e identidade ao espaço urbano e à comunidade local. Têm a função de evocar o passado e preservar a memória, determinada por interesses políticos, econômicos e culturais. Neste sentido, o artigo visa discutir as formas de representações do monumento ao migrante, temática comum na construção de estátuas ao redor do mundo. O texto, primeiramente, define o monumento público com base nos estudos de memória. Posteriormente, por meio de um levantamento iconográfico e análise semiótica, contextualiza a representação da família nos monumentos ao imigrante. Com resultados baseados na amostra iconográfica e análise semiótica, foi possível apontar que a maioria das estátuas que referenciam imigrantes é representada pela família, composta por pai, mãe e filho. Essas figuras buscam exaltar o trabalho e a esperança em novos horizontes. Também se identificou hábitos de gênero na maioria das representações, em que as mulheres são comumente relacionadas às atividades domésticas e cuidados com os filhos enquanto os homens são associados ao trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruna Serafim Moura, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Formada em Jornalismo com Pós-Graduação em Marketing pela mesma instituição. Profissional de Comunicação Interna.

João Batista Freitas Cardoso, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutor em Comunicação pela PUC-SP. Professor no Mestrado em Comunicação da USCS. Professor Visitante na Maestría em Proyetos Sociales da UABC (México). Professor do Centro de Comunicação e Letras da UPM.

Referências

BARTHES, R. A aventura semiológica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

BAUMAN, Z. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.

BRICEÑO AVILA, M. La Percepción Visual de los Objetos del Espacio Urbano. Análisisdel Sector El LlanodelArea Central de laCiudad de Mérida. Fermentum. Revista Venezolana de Sociología y Antropología, v. 12, n. 33, p. 84-101. 2002. Disponível em: <https://bit.ly/41HrPBI>. Acesso em: 2 dez. 2023.

CENTRO DE MEMÓRIA DE DIADEMA OFIC. Não só professores procuram o Centro de Memória, artistas também. Diadema, 12 maio 2020. Facebook: Centro de Memória de Diadema Ofic. Disponível em: <https://bit.ly/4axMwDZ>. Acesso em: 2 dez. 2023.

CHOAY, F. Alegoria do patrimônio. Lisboa: Edições 70, 2014.

ECO, U. Tratado Geral da Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2009.

FERRARA, L. D’A. Cidade: Meio, Mídia e Mediação. Matrizes, v. 1, n. 2, p. 39-53, 2008. DOI: <https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v1i2p39-53>.

GÓMEZ AGUILERA, F. Arte, ciudadanía y espacio público. On The Waterfront, n. 5, p. 36-51, 2004. Disponível em: <https://bit.ly/3TyVJGc>. Acesso em: 2 dez. 2023.

GOULART, E. E.; PERAZZO, P. F.; LEMOS, V. Memória e cidadania nos acervos de história oral e mídia digital. Em Questão, v. 11, n. 1, p. 153-166, 2005. Disponível em: <https://bit.ly/41x0lyB>. Acesso em: 2 dez. 2023.

JEUDY, H. P.; JACQUES, P. B. (Orgs). Corpos e cenários urbanos: territórios urbanos e políticas culturais. Salvador: EDUFBA; PPG-AU/FAUFBA, 2006.

LE GOFF, J. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 2013.

LOTMAN, Y. M. La Semiosfera II: semiótica de la cultura, del texto, de la conducta y del espacio. Madri: Ediciones Cátedra, 1998.

MARTINO, L. M. S. Comunicação e identidade. São Paulo: Paulus, 2010.

MARTINS, J. S. O imaginário na imigração italiana. São Caetano do Sul: Fundação Pró-Memória, 2003.

MONUMENTO AO COLONO IMIGRANTE. State Library South Australia, 2007. Disponível em: <https://bit.ly/3vhZ6XZ>. Acesso em: 2 dez. 2023.

MONUMENTO AO IMIGRANTE. News Orleans Historical, 2019. Disponível em: <https://bit.ly/41BJfzL>. Acesso em: 2 dez. 2023.

MONUMENTO AO IMIGRANTE. Prefeitura de Valinhos, s.d. Disponível em: <https://bit.ly/41wkzsh>. Acesso em: 2 dez. 2023.

MONUMENTOS. KEREN - Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil, 1998. Disponível em: <https://bit.ly/4ax6fns>. Acesso em: 2 dez. 2023.

PEIRCE, C. S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2005.

RAMOS, E. H. C. L. As cidades e seus monumentos: um estudo sobre a imigração italiana em Buenos Aires e Caxias do Sul - 1910 - 1954 - 2016. Almanack, n. 17, p. 224-247, 2017. DOI: <https://doi.org/10.1590/2236-463320171708>.

ROCHA, C. A. Visitei a Praça Dr Arthur Gerhardt!, 2017. Terra Capixaba. Espírito Santo. On-line. Disponível em: <https://bit.ly/3RXdqOI> Acesso em: 2 dez. 2023.

SANTAELLA, L. Epistemologia Semiótica. Cognitio, v. 9, n. 1, p. 93-100, 2008. Disponível em: <https://bit.ly/48rcE1G>. Acesso em: 2 dez. 2023.

SANTAELLA, L. A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as coisas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

SANTAELLA. L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

SGORLA, C. Inaugurado por Getúlio Vargas, Monumento Nacional ao Imigrante completa 65 anos, 2019. Correio do Povo. Rio Grande do Sul. On-line. Disponível em: <https://bit.ly/3NDeowX>. Acesso em: 2 dez. 2023.

SILVERSTONE, R. Por que estudar a mídia?. São Paulo: Loyola, 2014.

Downloads

Publicado

2023-12-30

Como Citar

MOURA, B. S.; CARDOSO, J. B. F. A família como convenção da representação dos imigrantes nos monumentos das cidades do ABC. Lumina, [S. l.], v. 17, n. 3, p. 171–188, 2023. DOI: 10.34019/1981-4070.2023.v17.41340. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/41340. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos