A família como convenção da representação dos imigrantes nos monumentos das cidades do ABC
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2023.v17.41340Palavras-chave:
Comunicação, Monumento público, Semiótica, Memória, ImigranteResumo
As cidades são compostas por memórias e histórias que representam os cidadãos que nela habitam. Os monumentos públicos são uma das formas de fazer essa representação, simbolizando a cultura regional, gerando sentido e identidade ao espaço urbano e à comunidade local. Têm a função de evocar o passado e preservar a memória, determinada por interesses políticos, econômicos e culturais. Neste sentido, o artigo visa discutir as formas de representações do monumento ao migrante, temática comum na construção de estátuas ao redor do mundo. O texto, primeiramente, define o monumento público com base nos estudos de memória. Posteriormente, por meio de um levantamento iconográfico e análise semiótica, contextualiza a representação da família nos monumentos ao imigrante. Com resultados baseados na amostra iconográfica e análise semiótica, foi possível apontar que a maioria das estátuas que referenciam imigrantes é representada pela família, composta por pai, mãe e filho. Essas figuras buscam exaltar o trabalho e a esperança em novos horizontes. Também se identificou hábitos de gênero na maioria das representações, em que as mulheres são comumente relacionadas às atividades domésticas e cuidados com os filhos enquanto os homens são associados ao trabalho.
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