Assistentes virtuais de marca como reforço dos estereótipos e preconceitos
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2023.v17.38623Palavras-chave:
Comunicação e consumo, Assistentes virtuais de marca, Estereótipos, PreconceitosResumo
O objetivo do artigo é refletir sobre a adoção de assistentes virtuais como um novo tipo de expressividade marcária dentro da cena cibercultural contemporânea. Ao observar as práticas mais usuais de mercado, chama a atenção a recorrência de um processo de naturalização do estereótipo da imagem de um personagem feminino, notadamente da mulher negra, em uma tendência que, ao nosso ver, reforça o preconceito racial e de gênero. A inquietação diz respeito a como esse tipo de comunicação, caracterizado por uma linguagem revestida de uma lógica astuta, tecnológica e essencialmente atual, pode resvalar um processo de naturalização do estereótipo do papel de uma mulher submissa e servil, reforçando a desigualdade racial e de gênero. A partir de pensadoras e pensadores do campo da comunicação, elegemos exemplos relevantes do cenário publicitário e examinamos casos empíricos de representações visuais utilizadas por marcas, para discutir acerca das lógicas que sustentam esse novo formato midiático. Evidencia-se que as imagens selecionadas para as assistentes virtuais podem se transformar em uma espécie de anteparo mental que normaliza e reforça aspectos nefastos de nossa sociedade.
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