Autorrepresentações de influenciadores da causa animal em affordances do Instagram

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2023.v17.38506

Palavras-chave:

Comunicação digital, Instagram, Affordances, Influenciadores digitais, Direitos dos animais

Resumo

Em uma sociedade que explora e extermina cada vez mais os animais não-humanos e degrada o meio-ambiente de maneira que beira à irreversibilidade, faz-se necessário estudar aqueles que advogam pelos direitos dos animais. Este artigo tem como objetivo entender como influenciadores digitais que trabalham por esta causa constroem as suas autorrepresentações na rede social Instagram, a partir de um olhar que observe suas autorrepresentações pelas affordances desta rede social digital, considerando-as como lupas de análise. Com base no referencial teórico sobre a questão animal, entendemos que a defesa da causa se configura em duas principais correntes, uma abolicionista e outra moderada e, por isso, comparamos os resultados obtidos na análise dos influenciadores de ambas as correntes. Utilizamos a análise qualitativa, por meio da metodologia Favo de Mel (KIETZMANN et al., 2011), para compreender a interação das affordances do Instagram com a autorrepresentação construída por esses influenciadores. Como parte dos resultados, verificamos que existe uma pluralidade de autorrepresentações de influenciadores mesmo no interior de uma mesma vertente e que as interações das affordances com as autorrepresentações de influenciadores de correntes distintas apontam para posições ideológicas mais amplas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Artur Oliari Lira, Universidade Federal do Paraná

Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Membro do Grupo de Pesquisa Click – Comunicação e Cultura Ciber.

Myrian Regina Del Vecchio-Lima, Universidade Federal do Paraná

Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Líder do Grupo de Pesquisa Click – Comunicação e Cultura Ciber.

Referências

ANIMAL CLOCK. 2020 U. S. animal kill clock, 2021. Animal Clock. On-line. Disponível em: <https://animalclock.org/>. Acesso em: 30 dez. 2021.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

CALDEIRA, P.; RIDDER, S.; VAN BAUWEL, S. Between the mundane and the political: women’s self-representations on Instagram. Social Media + Society, v. 6, n. 3, p. 1-14, 2020. DOI: <https://doi.org/10.1177/2056305120940802>.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2013.

DI FELICE, M. Netativismo: novos aspectos da opinião pública. Famecos, v. 19, n. 1, p. 27-45, 2012. DOI: <https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.1.11339>.

FOKKEMA, M. City branding on Instagram: DMOs and their usage of affordances. 2016. 131 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Departamento de Informática e Mídia, Faculdade de Ciências Sociais, Universidade de Uppsala, Suécia, 2016. Disponível em: <https://bit.ly/3RTqvZf>. Acesso em: 15 dez. 2023.

GIBSON, J. J. The theory of affordances. In: SHAW, R.; BRANSFORD, J. (Eds.). Perceiving, acting, and knowing: toward an ecological psychology. Nova Jersey: Erlbaum, 1977. p. 67-82.

GOMES, J. Por que vegana, 2020. Comida Saudável para Todos. On-line. Disponível em: <http://comidasaudavelpratodos.com.br/porque-vegana/>. Acesso em: 16 jun. 2021.

HALL, S. Old and new identities: old and new ethnicities. In: KING, A. D. (Ed.). Culture, globalisation and the world-system. Londres: Macmillan, 1991. p. 42-68.

HELMOND, A. The platformization of the web: making web data platform ready. Social Media + Society, v. 1, n. 2, p. 1-11, 2015. DOI: <https://doi.org/10.1177/2056305115603080>.

HOWARTH, C. Representations, identity, and resistance in communication. In: HOOK, D. et al. (Eds.). The social psychology of communication. Londres: Palgrave Macmillan, 2011. p. 1-19. Disponível em: <https://bit.ly/47aAzBD>. Acesso em: 30 abr. 2021.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa trimestral do abate de animais. [S. l.], 2018. Disponível em: <https://bit.ly/3tyLPJY>. Acesso em: 15 dez. 2023.

KAPLAN, A. M. Users of the World, Unite! The Challenges and Opportunities of Social Media. Business Horizons, v. 53, n. 1, p. 59-68, 2010. DOI: <http://dx.doi.org/10.1016/j.bushor.2009.09.003>.

KARHAWI, I. Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão. Comunicare, v. 17, n. 1, p. 47-61, 2017. Disponível em: <https://bit.ly/3Tot06T>. Acesso em: 15 set. 2020.

KIETZMANN, J. H. et al. Social media? Get serious! Understanding the functional building blocks of social media. Business Horizons, v. 54, n. 3, p. 241-251, 2011. DOI: <https://doi.org/10.1016/j.bushor.2011.01.005>.

LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: Edufba, 2012.

LIPOVETSKY, G. A felicidade paradoxal: ensaios sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LIRA, A. O. Uma análise de autorrepresentações de influencers da causa animal em affordances no Instagram. 2021. 190 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2021. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/xmlui/handle/1884/72387>. Acesso em: 11 dez. 2023.

O'RIORDAN, S. et al. Exploring the affordances of social network sites: an analysis of three networks. In: EUROPEAN CONFERENCE ON INFORMATION SYSTEMS, 20, 2012, Barcelona, Espanha. Anais [...]. [S. l.], Disponível em: <https://bit.ly/3tc6FPo>. Acesso em: 20 jun. 2021.

PIVETTI, M. Animal rights activists' representations of animals and animal rights: an exploratory study. Anthrozoös, v. 18, n. 2, p. 140-59, 2005. DOI: <https://doi.org/10.2752/089279305785594252>.

RANKIN, A. The jain path: ancient wisdom for the west. Inglaterra: John Hunt, 2006.

REGAN, T. Jaulas vazias: encarando o desafio dos direitos animais. Porto Alegre: Lugano, 2006.

RETTBERG, J. Self-representation in social media. In: BURGESS, J.; MARWICK, A.; POELL, T. (Eds.). The sage handbook of social media. Londres: Sage Publications, 2017, p. 429-443.

TIIDENBERG, K. Selfies: Why We Love (and Hate) Them. Inglaterra: Emerald Publishing Limited, 2018.

UJVARI, S. C. História das Epidemias. São Paulo: Editora Contexto, 2020.

VAN DIJCK, J. Facebook and the engineering of connectivity: a multi-layered approach to social media platforms. Convergence - The International Journal of Research into New Media Technologies, v. 19, n. 2, p. 141-155, 2012. DOI: <https://doi.org/10.1177/1354856512457548>.

WRENN, C. L. A Rational Approach to Animal Rights: Extensions in Abolitionist Theory. Londres: Palgrave Macmillan, 2016.

WRENN, C. L. Piecemeal protest: Animal Rights in the Age of Nonprofits. Michigan: University of Michigan Press, 2019.

WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T. T. (Org.). HALL, S; WOODWARD, K. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 7-72.

Downloads

Publicado

2023-12-30

Como Citar

LIRA, A. O.; DEL VECCHIO-LIMA, M. R. Autorrepresentações de influenciadores da causa animal em affordances do Instagram. Lumina, [S. l.], v. 17, n. 3, p. 137–154, 2023. DOI: 10.34019/1981-4070.2023.v17.38506. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/38506. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos