Crítica das representações sociais de ruralidade em Globo Rural revista
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2019.v13.21553Palavras-chave:
jornalismo, representações sociais, Globo RuralResumo
Esta pesquisa tem como objeto de estudo as representações sociais da ruralidade brasileira na revista Globo Rural. Com base na teoria de Serge Moscovici, discute-se a dimensão simbólica dos textos noticiosos, tomando tais textos como representações sociais da realidade . O objeto empírico compõe-se de 491 notícias e reportagens publicadas na revista entre 1985 e 2015. Os objetivos são identificar, descrever e criticar as representações sociais da ruralidade brasileira nas notícias e reportagens que compõem o corpus e examinar as transformações nas representações identificadas e descritas, verificando alterações, permanências ou exclusões nestas ou destas construções simbólicas no intervalo de três décadas. O percurso metodológico subdivide-se nas análises descritiva e interpretativa. Na descrição, os textos são trabalhados nos eixos temáticos econômico-produtivo, técnico-científico, sociocultural e natural-sustentável, observando-se a predominância de pautas econômico-produtivas e técnico-científicas em comparação com as socioculturais e natural-sustentáveis. Na interpretação, retoma-se o referencial teórico para compreender as representações da ruralidade brasileira na revista, identificando-se e examinando-se representações sociais da ruralidade com ancoragem técnica (orientada pelo princípio do trabalho), a ruralidade com ancoragem sociocultural (voltada para a dimensão social e cultural do rural), a ruralidade com ancoragem na natureza (identificada com a imagem intocada da biodiversidade) e no movimento descrito na Sociologia como “nova ruralidade” (vinculada à sustentabilidade).
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