A vida cotidiana em Paterson e as categorias fenomenológicas do pensamento
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2021.v15.21539Palavras-chave:
Comunicação, Análise fílmica, Vida cotidiana, Fenomenologia, Senso comum.Resumo
O artigo volta-se à análise do longa-metragem Paterson (2016), do diretor norte-americano Jim Jarmusch, obra que apresenta como principal referência os eventos que sucedem a vida cotidiana. A trama do romance acontece em um cenário urbano, sob o protagonismo de um tranquilo motorista de ônibus que descreve os acontecimentos do seu dia a dia em abstrações poéticas. O trabalho propõe-se a uma reflexão sobre os impactos que provém da organização da vida cotidiana ordenada pelo tempo da produção linear. A vida cotidiana pode ser compreendida a partir de um cenário progressivo de fenômenos mediados por acontecimentos ordinários e regulares (instância temporal), que respaldam — e encontram respaldo — no senso comum como forma de conhecimento (instância da produção de significados). A partir de análise de sequências do filme, o artigo indica uma reflexão sobre a constituição da vida cotidiana em interface com as categorias do pensamento fenomenológico oriundas da filosofia peirceana. Compreende-se, em sintonia com Cañizal (2001), que as formas de expressão poética mobilizadas pelo longa-metragem endereçam a uma ruptura do conhecimento padronizado, sublinhando a poiésis como categoria metafísica que expande os aspectos de representação da realidade.
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Referências
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