Trivialidade do mal e excepcionalidade do bem nas imagens jornalísticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.21484

Palavras-chave:

Jornalismo, Imagem, Arquétipo, Imaginário, Fotojornalismo

Resumo

Notícias negativas ocupam espaço significativo no jornalismo impresso, televisivo e on-line. Muitas são ilustradas por fotografias e vídeos que contribuem para reforçar a negatividade. Diferentes hipóteses nos campos da comunicação, psicologia, sociologia e antropologia buscam explicar o fenômeno da predominância das más notícias. Para contribuir nessa discussão, este artigo desenvolve a análise dos significados potenciais de trinta das mais icônicas imagens veiculadas pelo jornalismo em âmbito global, entre 2001 e 2017, a partir da perspectiva da teoria geral do imaginário e da matriz arquetipológica, desenvolvidas por Gilbert Durand. A análise desenvolvida utiliza o método mitocrítico e a classificação dos regimes de imagens. Os resultados revelam que 80% dessas imagens são associadas a notícias com conotações negativas. As más notícias são ilustradas por imagens predominantemente diurnas, isto é, que materializam uma visão de mundo pautada pela lógica do combate, cisão, purificação e hipóstase das dificuldades existenciais. Destaca-se nesse âmbito a redundância do arquétipo da oposição alto vs. baixo, presente em 80% delas, sendo o aspecto da queda – que junto com a ascensão compõem duas faces do mesmo arquétipo – o mais frequente.

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Biografia do Autor

Sílvio Antonio Luiz Anaz, Universidade de São Paulo

Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP.

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Publicado

2020-12-30

Como Citar

ANAZ, S. A. L. Trivialidade do mal e excepcionalidade do bem nas imagens jornalísticas. Lumina, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 149–174, 2020. DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.21484. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21484. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos