O Estado nas guerras de memórias dos 50 anos do Golpe Militar

Autores

  • Allysson Viana Martins Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2014.v8.21150

Palavras-chave:

Guerras de memórias. Midiatização. Estadão. Regime Militar.

Resumo

Os historiadores recorrem aos jornais como representantes da realidade histórica de determinada época, o primeiro rascunho da sociedade. Este artigo discute o papel do jornalismo na constituição e na estabilização da história do Regime Militar, através dos embates mnemônicos nas produções sobre o período histórico recente mais controverso do país. Detemo-nos no especial sobre os 50 anos do Golpe Militar produzido pelo Estadão, com o objetivo de desenvolver melhor os procedimentos metodológicos de observação e descrição dos fenômenos das guerras de memórias. Constatamos que as memórias pessoais não são mais priorizadas do que as informações enciclopédicas e os documentos históricos e, quando aquelas aparecem, elas se legitimam pela própria vivência dos personagens através da vitimização e sensibilização, isto é, da exposição de seus dramas e problemas.

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Biografia do Autor

Allysson Viana Martins, Universidade Federal da Bahia

Doutorando em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom) e professor substituto na Faculdade de Comunicação (FACOM) da UFBA.

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Publicado

2015-01-27

Como Citar

MARTINS, A. V. O Estado nas guerras de memórias dos 50 anos do Golpe Militar. Lumina, [S. l.], v. 8, n. 2, 2015. DOI: 10.34019/1981-4070.2014.v8.21150. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21150. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Mídia e Ditadura Militar