O jornalista e a ingenuidade biográfica

Autores

  • Mozahir Salomão Bruck

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2011.v5.20900

Palavras-chave:

jornalismo, biografias, narrativa

Resumo

Reflexão sobre a biografia como projeto narrativo e
tentativa de efetiva reposição da trajetória de uma vida. O interesse
mais específico diz respeito a biografias em que a construção parece
ter se valido predominantemente de procedimentos, protocolos,
valores e forma discursiva que, em geral, caracterizam o jornalismo.
Compreensão dessas biografias, de natureza mais aparente e
aparentadamente jornalística, como aquelas que se fundam, a priori,
na crença de que é mesmo possível repor, pela narrativa, o percurso
de uma vida. Toma-se como pressuposto, assim, que, pelo modo com
que se relaciona com a informação e pela própria natureza da
mediação que, cultural e socialmente, faz do real, o jornalista, ao
empreender uma biografia o faz, segundo Bakhtin, crendo
ingenuamente. Ingenuidade que é definida, especialmente, além da
tendência à aproximação e envolvimento com o que vai levantando
sobre a vida do biografado, pela busca de uma narrativa que tenta
organizar linear e coerentemente o curso de uma existência.

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Publicado

2011-06-11

Como Citar

BRUCK, M. S. O jornalista e a ingenuidade biográfica. Lumina, [S. l.], v. 5, n. 1, 2011. DOI: 10.34019/1981-4070.2011.v5.20900. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/20900. Acesso em: 4 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos