A propósito dos lançadores de pedras: imagens sobreviventes de um gesto de insurreição
Publicado 2024-01-08
Palabras clave
- Imagem sobrevivente,
- Fórmula de páthos,
- gesto,
- levante
Cómo citar
Derechos de autor 2024 Vinícius Alexandre Rocha Piassi
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Resumen
Este artículo presenta un análisis del gesto de lanzar piedras, bombas o cócteles molotov, recurrente en las manifestaciones públicas de protesta contra el statu quo a lo largo de la historia, centrado en su figuración en imágenes, buscando aprehender los significados históricos, estéticos y políticos de sus usos. Trazando una genealogía de la representación artística de este gesto a partir de la teoría del anacronismo de la imagen de Georges Didi-Huberman, la identificamos como una imagen sobreviviente, cuyas matrices se remontan a la práctica deportiva ateniense de la Antigüedad Clásica, atravesando la historia del arte occidental a través de reproducciones de su fórmula patética en diferentes soportes, como la escultura, la fotografía, la serigrafía, el grafiti y el cine. De esta forma, percibimos cómo las imágenes de los lanzadores de piedras están históricamente investidas de significados políticos revolucionarios, constituyendo parte fundamental de las narrativas visuales de los levantamientos contemporáneos.
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