v. 26 n. 2 (2020): Dossiê - Patrimônio e Relações Internacionais
Dossiê

Preservar patrimônios e partilhar memórias em cidades-porto latino-americanas: Um projeto em ação: CoopMar – Cooperação Transoceânica, Políticas Públicas e Comunidade Sociocultural Ibero-Americana

Amélia Polónia
Universidade do Porto/CITCEM
Cátia Miriam Costa
Centro de Estudos Internacionais
Biografia

Publicado 2020-09-10 — Atualizado em 2021-04-28

Versões

Palavras-chave

  • Cidades-porto,
  • Ibero-América,
  • Diplomacia patrimonial,
  • CoopMar

Como Citar

Polónia, Amélia, e Cátia Miriam Costa. (2020) 2021. “Preservar patrimônios E Partilhar memórias Em Cidades-Porto Latino-Americanas: Um Projeto Em ação: CoopMar – Cooperação Transoceânica, Políticas Públicas E Comunidade Sociocultural Ibero-Americana”. Locus: Revista De História 26 (2):13-28. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2020.v26.31151.

Resumo

Os portos marítimos foram, durante séculos, a mais contínua plataforma de interface e de intercâmbio entre a Europa, a África e a América. As cidades portuárias emergem como estruturas e construções sociais com características próprias. O seu estudo permite conhecer e debater questões relacionadas com a complexidade urbana e social, pois reúnem, por norma, marcas de diversidade, humana e cultural, e por isso apresentam-se como locais privilegiados para o desenvolvimento de estudos sobre alteridade e sobre formas de permeabilidade, inclusive cultural. As cidades-porto, na Europa, e na América Latina, deparam-se também com desafios, e com riscos, decorrentes dos elevados níveis de desenvolvimento de uma indústria turística que explora patrimónios, materiais e imateriais, edificados, simbólicos ou naturais, frequentemente sem benefícios para os construtores, herdeiros e fautores desses patrimónios — as comunidades locais. Esta matéria agudiza-se quando nos encontramos perante memórias e patrimónios construídos historicamente através de dinâmicas coloniais. Muitas questões se levantam em torno da gestão dessas memórias e dessas heranças. As comunidades exigem hoje o reconhecimento de identidades e de valores autóctones e clamam por distintos conceitos e práticas de preservação das suas próprias memórias e patrimónios. São estes os principais desafios com que se debate o projeto sustentado pela rede CoopMar, de cujos objetivos, estratégias e realizações trata este artigo.

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Referências

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