v. 25 n. 2 (2019): Dossiê - 130 Anos de República no Brasil: entre avanços e retrocessos
Dossiê

O integralismo de Miguel Reale como crítica ao federalismo oligárquico (1932-1937)

Pedro Ivo Dias Tanagino
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Biografia

Publicado 2019-12-05

Palavras-chave

  • História Política e Social,
  • Antiliberalismo,
  • Integralismo,
  • Miguel Reale

Como Citar

Dias Tanagino, Pedro Ivo. 2019. “O Integralismo De Miguel Reale Como crítica Ao Federalismo oligárquico (1932-1937)”. Locus: Revista De História 25 (2). https://doi.org/10.34019/2594-8296.2019.v25.28347.

Resumo

O artigo aborda a História Política e Social da crítica antiliberal à Primeira República no Brasil dos anos 1930, através da obra do intelectual integralista Miguel Reale, um dos três principais líderes do movimento fascista Ação Integralista Brasileira (AIB). São analisadas as principais obras de doutrina do autor, ao lado de documentos oficiais do movimento. São apresentadas as disputas de projetos sociais, políticos, culturais e econômicos existentes no campo do pensamento político das Direitas no Brasil, analisando a posição da AIB no processo de formação de consenso e consentimento perante o horizonte de expectativa autoritário que despontou nesse contexto histórico. A investigação enfoca o projeto autoritário trazido pela crítica integralista e o processo de construção social de um imaginário e memória negativa da Primeira República

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. Referências Bibliográficas
  2. AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA. Manifesto de Outubro de 1932. Secretaria Nacional de Propaganda da AIB: São Paulo, s/d, 10 p.
  3. ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. In Medio Virtus: uma análise da obra integralista de Miguel Reale. Rio de Janeiro: CPDOC, 1988.
  4. BERNSTEIN, Serge; MILZA, Pierre. Conclusão. In: CHAUVEAU, Agnes; TÉTART, Philippe. Questões para a história do presente. Tradução de Ilka Stern Cohen. Bauru: EDUSC, 1999.
  5. BERSTEIN, Serge. A cultura política. In: RIOUX, Jean-Pierre; SIRINELLI, Jean-François (Orgs.). Para uma história cultural. Lisboa: Estampa, 1998.
  6. BOBBIO, Norberto. Os Intelectuais e o Poder: dúvidas e opções dos homens de cultura na sociedade contemporânea. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Editora UNESP, 1997.
  7. BRASIL. Decreto nº 1.489, de 6 de agosto de 1906 – “Convenio entre os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e S. Paulo, para o fim de valorizar o café, regular o seu comercio, promover o aumento do seu consumo e a criação da caixa de conversão, fixando o valor da moeda”. CÂMARA DOS DEPUTADOS, 1906. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-1909/decreto-1489-6-agosto-1906-582975-publicacaooriginal-105713-pl.html, acessado em 07 jun 2017.
  8. CAPELATO, Maria Helena R. Multidões em cena: propaganda política no varguismo e no peronismo. 2ed. São Paulo: Editora Unesp, 2009.
  9. CARONE, Edgard. A Segunda República. 3ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1978.
  10. CARVALHO, José Murilo de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma discussão conceitual, Dados, v. 40, nº 2, Rio de Janeiro, 1997. Disponível em:
  11. http://dx.doi.org/10.1590/S0011-52581997000200003, acessado em 01 jun 2019.
  12. CEFAÏ, Daniel. Cultures Politiques. Paris: PUF, 2001.
  13. CEPÊDA, Vera Alves. Contexto político e crítica à democracia liberal: a proposta de representação classista na Constituinte de 1934, Perspectivas, São Paulo, v. 35, p. 211-242, jan-jun 2009.
  14. CHAUÍ, Marilena. Apontamentos para uma crítica da Ação Integralista Brasileira. In: CHAUÍ, Marilena; FRANCO, Maria Sylvia Carvalho. Ideologia e mobilização popular. São Paulo: Paz e Terra, 1985. pp. 17-149.
  15. DELGADO, Ignacio Godinho. Previdência social e mercado no Brasil: a presença empresarial na trajetória da política social brasileira. São Paulo: LTr, 2001.
  16. DUTRA, Eliana. História e Culturas Políticas: Definições, usos, genealogias. In: Varia Historia, n° 28, dezembro de 2002.
  17. GARRIDO, Álvaro. Queremos uma nova economia! Estado Novo e Corporativismo. Lisboa: temas e Debates – Círculo de Leitores, 2016.
  18. GOMES, Ângela de Castro; ABREU, Martha. Apresentação. In: A nova “Velha” República: um pouco de história e historiografia. Revista Tempo, n 26, janeiro de 2009. Encontrado em:
  19. http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/v13n26a01.pdf, acesso em 21 de janeiro de 2019.
  20. GONÇALVES, Leandro Pereira. Plínio Salgado: um católico integralista entre Portugal e o Brasil (1895-1975). Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2017.
  21. GRANZIERA, Rui Guilherme. O Brasil depois da Grande Guerra. In: DE LORENZO, Helena Carvalho; COSTA, Wilma Peres da. A década de 20 e as origens do Brasil moderno. São Paulo: Editora da UNESP, 1998.
  22. GRIFFIN, Roger. The Nature of Fascism. Londres: Pinter Publishers, 1991.
  23. http://dx.doi.org/10.1590/S0011-52581997000200003, acessado em 01 jun 2019.
  24. KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Trad. Wilma Patrícia Mass; Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-Rio, 2006.
  25. LAMOUNIER, Bolívar, Formação de um pensamento político autoritário na Primeira República: uma interpretação. In: FAUSTO, Boris (Dir.). História geral da civilização brasileira. O Brasil republicano. São Paulo, Difel, vol. 9, 1977.
  26. LANNA JÚNIOR, Mário Cleber M. Tenentismo e crises políticas na Primeira República. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida N (Orgs.). O Brasil Republicano I: o tempo do liberalismo excludente – da Proclamação da República à Revolução de 1930. 6 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013, v.1, pp, 313-350.
  27. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto. 5 ed. São Paulo: Alfa-Omega, 1986.
  28. LESSA, Renato. As aventuras do Barão de Münchausen: notas sobre a tradição presidencialista brasileira. Virtual Lybrary. Plataforma Democrática – Fundação IFHC/Centro Edelstein, 2001, p. 144-146. Encontrado em: http://biblioteca.clacso.edu.ar//ar/libros/lanzaro/lessa.pdf, acessado no dia 2 de novembro de 2012.
  29. MARTINS, Maro Lara. Entre americanos e ibéricos: teoria social na Primeira República brasileira. Política e Sociedade, v.9, n° 17, out 2010.
  30. MUSIEDLAK, Didier. O fascismo italiano: entre consentimento e consenso. Trad. Vera Gertel. In: ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha Viz. (Orgs.). A construção social dos regimes autoritários: legitimidade, consenso e consentimento no século XX. Europa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, 3v.
  31. OLIVEIRA, Lúcia Lippi. A Questão Nacional na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1990.
  32. OLIVEIRA, Lúcia Lippi. Introdução. In: OLIVEIRA, Lúcia Lippi; GOMES, Eduardo Rodrigues; WHATALY, Maria Celina. (Orgs.). Elite intelectual e debate político nos anos 30. Rio de Janeiro/ Brasília: FGV/INL, 1980, pp. 31-60.
  33. PANDOLFI, Dulce Chaves. Os anos 1930: as incertezas do regime. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida N. (Orgs.). O Brasil Republicano II: o tempo do nacional-estatismo. 7 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015, pp. 13-38.
  34. PAXTON, Robert. The Anatomy of Fascism. New York: Alfred A. Knnopf, 2004.
  35. PINTO, António Costa. Fascism: a “revolutionary right” in interwar Europe. In: ATKIN, Nicholas; BIDDISS, Michael. Themes in modern European history, 1890-1945. Nova York: Routledge, 2009.
  36. REALE, Miguel. ABC do Integralismo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1935.
  37. REALE, Miguel. Atualidades Brasileiras. In: ______. Obras políticas (1ª fase – 1931/1937). Brasília: UnB, 1983, Tomo III, pp. 71-153, p. 77.
  38. REALE, Miguel. Formação da Política Burguesa. In: ______. Obras políticas (1ª fase –1931/1937). Brasília: UnB, 1983, Tomo I, pp.23-125.
  39. REALE, Miguel. Memórias: Destinos cruzados. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1987, v. 1.
  40. REALE, Miguel. O Capitalismo internacional. In: ______. Obras Políticas (1ª fase –1931/1937). Brasília: Editora UnB, 1983, Tomo II, pp 171-286.
  41. REALE, Miguel. O Estado Moderno: Liberalismo, Fascismo, Integralismo. In: ______. Obras Políticas (1ª fase – 1931/1937). Brasília: Editora UnB, 1983, Tomo II, pp 5-168.
  42. REALE, Miguel. Perspectivas Integralistas. In: ______. Obras políticas: 1ª fase – 1931-1937. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1983, Tomo III.
  43. REIS, Fábio Wanderley. Solidariedade, interesses e desenvolvimento político, Cadernos DCP, Belo Horizonte, 1974, pp. 5-58.
  44. ROLLEMBERG, Denise. Revoluções de direita na Europa do entre-guerras: o fascismo e o nazismo, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 30, no 61, p. 355-378, maio-agosto 2017.
  45. SAES, Décio. Classe média e política no Brasil. 1930-1964. In: FAUSTO, Boris (Dir.), História Geral da Civilização Brasileira. III. O Brasil Republicano. 3. Sociedade e Política (1930-1964). 3 ed. São Paulo: DIFEL, 1986, v 3, tomo III.
  46. SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Paradigma e História: ordem burguesa na imaginação social brasileira. In: ______. Ordem burguesa e liberalismo político. São Paulo: Duas Cidades, 1978, pp. 16-57.
  47. SANTOS, Wanderley Guilherme. O Sistema Oligárquico Representativo da Primeira República, Dados, Rio de Janeiro, v. 56, nº1, 2013, pp. 9-37.
  48. SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René (Org.). Por uma história política: Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Editora FGV, 1996.
  49. STEPAN, Alfred. Estado, Corporativismo e Autoritarismo. Trad. Marina L. T. V. de Medeiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
  50. STERNHELL, Zeev; SZNAJDER, Mario; ASHERI, Maia (Orgs.). El nascimento de la ideología fascista. Madrid: SigloVintiuno de España Editores, 1998.
  51. TANAGINO. Pedro Ivo Dias. A Síntese Integral: a teoria do integralismo na obra de Miguel Reale (1932-1939). Tese de Doutorado (História), Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018, 382 p.
  52. TRINDADE, Hélgio. Apresentação. In: GONÇALVES, Leandro Pereira. Plínio Salgado: um católico integralista entre Portugal e o Brasil (1895-1975). Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2017.
  53. VIANNA, Luiz Werneck. Liberalismo e sindicato no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
  54. VISCARDI, Claudia. O teatro das oligarquias: uma revisão da “política do café com leite”. 2 ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.