v. 28 n. 2 (2022): Dossiê: Fascismos, 100 anos depois
Dossiê

Zarco Moniz Ferreira e a direita radical portuguesa entre autoritarismo e democracia: uma abordagem biográfica

Riccardo Marchi
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)
Tiago Pinto
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Centre for International Studies

Publicado 2023-08-01

Palavras-chave

  • Direita Radical Portuguesa. Salazarismo. Nacionalismo. Neofascismo. Guerra colonial. Marcelo Caetano. Estado Novo.

Como Citar

Marchi, Riccardo, e Tiago Pinto. 2023. “Zarco Moniz Ferreira E a Direita Radical Portuguesa Entre Autoritarismo E Democracia: Uma Abordagem biográfica”. Locus: Revista De História 28 (2):258-81. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2022.v28.37488.

Resumo

Nas décadas de 1960 e 1970, Portugal testemunha um ciclo de radicalização política, à direita e à esquerda, no contexto da crise e queda do regime autoritário salazarista e da transição para a democracia, após o golpe militar de 1974. Na direita, a radicalização é protagonizada também por jovens estudantes universitários inspirados pelo nacionalismo português da primeira metade do Século XX, mas também pelas doutrinas estrangeiras de entre guerras e pela subcultura neofascista do segundo pós-guerra. O artigo explora a mobilização desta subcultura radical, entre ligações ao Estado Novo e à extrema-direita europeia, através da abordagem biográfica de um dos seus líderes mais renomados a nível nacional e internacional: Zarco Moniz Ferreira. O seu percurso de vida como militante político, entre o fim do autoritarismo e a transição democrática, faz emergir eficazmente as características, as dinâmicas, os êxitos e as fragilidades da mobilização de extrema-direita naqueles anos conturbados da história contemporânea portuguesa.

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