v. 28 n. 1 (2022): Dossiê: História recente da política externa da América Latina: uma questão de elites?
Seção Livre

Sobre zebras na América do Sul: a noção de entrelugar e a escrita do espaço em história ambiental

Jo Klanovicz
Universidade Estadual do Centro-Oeste

Publicado 2022-07-05

Palavras-chave

  • Lugar,
  • Espaço,
  • História ambiental

Como Citar

Klanovicz, Jo. 2022. “Sobre Zebras Na América Do Sul: A noção De Entrelugar E a Escrita Do espaço Em história Ambiental”. Locus: Revista De História 28 (1):171-87. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2022.v28.34081.

Resumo

Este artigo discute a noção de entrelugar, seus limites e possibilidades para a reflexão sobre a delimitação espacial em estudos de história ambiental. O artigo posiciona a discussão a partir de documentos sobre a expedição de García de Loaísa às Molucas (1525), em cotejo com produção historiográfica e interdisciplinar sobre espacialidades, considerando esses documentos como textos ambientais que apresentam narrativas nômades. Os textos ambientais de expedições mostram, assim, o agenciamento de linguagem heterotópica construída sobre lugares novos no deslocamento ambiental dos olhares de quem observa uma nova paisagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. Aloi, Giovanni (org.) Why look at plants? The botanical emergence in contemporary art. Leiden: Brill, 2018. https://doi.org/10.1163/9789004375253
  2. Arnold, David. La naturaleza como problema histórico. México: FCE, 2000.
  3. Arruda, Gilmar. “Bacias hidrográficas, história ambiental e temporalidades”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 209-231. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0001
  4. Buell, Lawrence. The environmental imagination: Thoreau, nature writing, and the formation of American culture. Boston: Belknap/Harvard University Press, 1995. https://doi.org/10.2307/j.ctv1nzfgsv
  5. Buell, Lawrence. Writing for an endangered world. Boston: Belknap Press, 2001.
  6. Careri, Franceso. Walking as an aesthetic practice. Barcelona: Gustavo Giliri, 2002.
  7. Carvalho, Alessandra I. de. “Um conjunto de montanhas e de práticas culturais como escala de pesquisa em história ambiental”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 357-397. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0008
  8. Carvalho, Ely B. de. “Problematizando as representações do mundo natural como delimitação espacial em História Ambiental: entre a Araucarilandia e a Floresta Ombrófila Mista”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 317-342. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0006
  9. Claval, Paul. A geografia cultural. 3.ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2007.
  10. Corrêa, Dora S. “Paisagens através de outros olhares”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 252-276. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0003
  11. Crespo-Francés, José A. “Búsqueda de itinerarios para la primera globalización: 1519-1565”. Huarte de San Juan. Geografía e Historia, 27 (2020): 173-204. https://doi.org/10.48035/rhsj-gh.27.7
  12. Crespo-Francés, José A. 2019. “Expedición Loaísa: frustración tras la circunnavegación”. https://dentistasiglo21.com/pdfs1/mas6.pdf
  13. Cronon, William. “Modes of prophecy and production: placing nature in history”. Journal of American History, 76, n. 4 (1990): 130-135. https://doi.org/10.2307/2936590
  14. Crosby, Alfred. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. São Paulo: Companhia da Letras, 2011.
  15. Cunha, Carlos F. C. “Gilles Deleuze e o pensamento nômade: a máquina de guerra primitiva”. Disponível em: http://pdf.blucher.com.br/philosophyproceedings/viii-sofia/008.pdf Acesso em: 10 set. 2015. https://doi.org/10.5151/phipro-sofia-008
  16. Deleuze, Gilles. Francis Bacon: lógica da sensação. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
  17. Denevan, William. The Pristine Myth: The Landscape of the Americas in 1492. Annals of the Association of American Geographers. v. 82, N. 3, p. 369-385, 1992. https://doi.org/10.1111/j.1467-8306.1992.tb01965.x
  18. De Certeau, Michel. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes, 1998. v. 1.
  19. De Navarrete, Martín F. Colección de los Viages y Descubrimientos que hicieron por mar los españoles desde el siglo XV. Tomo V. Madrid, 1837.
  20. Diamond, Jared. Armas, germes e aço: os destinos das sociedades humanas. Rio de Janeiro: Record, 2011.
  21. Espíndola, Haruf S. “A problemática espacial e a história ambiental”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 343-374. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0007
  22. Fernández-Armiesto, Felipe. 1492: o ano em que o mundo começou. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
  23. Foucault, M. Dits e écrits: Tome IV. Des espaces autres. [1967]. Disponível em: «http://foucault.info/documents/heteroTopia/foucault.heteroTopia.fr.html» Acesso em: 10 set. 2015.
  24. Goffman, Erwin. Behavior in public places: notes on the social organization of gatherings. New York, 1963.
  25. Grosz, Elizabeth. Architecture from the outside: essays on virtual and real space. Cambridge: MIT Press,
  26. Hajer, Maarten e Arnold Reijndorp. In search of new public domain: analysis and strategy. Rotterdam: NAi, 2001.
  27. Isenberg, Andrew C. (org.) The Oxford Handbook of Environmental History. New York: Oxford University Press, 2014. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780195324907.001.0001
  28. Lehari, Kaia. “Walker in a landscape”. Em Aesthetic culture, Seppo Knuuttila, Erkki Sevânen e Risto Turunen (orgs.), 95-114, Helsinki: Maahenki, 1995.
  29. Markey, Lia. Imagining the Americas in Medici Florence. Pennsylvania: Pennsylvania State University, 2016. https://doi.org/10.1515/9780271078243
  30. Mauch, Christof e Helmuth Trischler. International environmental history. Munich: RCC Perspectives, 2010.
  31. Maura, Juan F. El gran burlador de América: Alvar Núñez Cabeza de Vaca. 2011. (Colección: Estudios y Libros de Parnaseo-Lemir) Nodari, Eunice S. “Florestas em territórios de fronteira: sul do Brasil e Misiones na Argentina”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 300-316. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0005
  32. Oldenburg, Ray. The great good place: cafes, coffee shops, bookstores, bars, hair salons, and other hangouts at the heart of a community. New York: Marlowe, 1999.
  33. Oliveira, Francisco R. de. “Lançando linhas imaginárias: metageografias da Ásia nas descrições geográficas e na cartografia portuguesa do século XVI”. Scripta Nova, XX, n. 551 (2016): 1-27.
  34. Oliveira, Rogério R. de. “Fruto da terra e do trabalho humano: paleoterritórios e diversidade da Mata Atlântica no Sudeste brasileiro”. Revista de História Regional., 20, n. 2 (2015): 277-299. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0004
  35. Pádua, José A. “A Mata Atlântica e a Floresta Amazônica na construção do território brasileiro: estabelecendo um marco de análise”. Revista de História Regional, 20, n. 2 (2015): 232-251. https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.20i2.0002
  36. Perec, Georges. Species of spaces and other pieces. London: Penguin, 1997.
  37. Radkau, Joachim. Nature and Power: a global history of the environment. New York: Cambridge University Press, 2008.
  38. Richards, John F. An unending frontier: an environmental history of the early modern world. Berkeley: University of California Press, 2003.
  39. Soja, Edward W. Postmetropolis: critical studies of cities and regions. Malden: Blackwell, 2000.
  40. Teixeira, Dante M.; Papavero, Nelson. Os primeiros documentos sobre a história natural do Brasil: viagens de Pinzón, Cabral, Vespucci, Albuquerque, do Capitão de Gonneville e da Nau Bretoa. 2.ed. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2009.
  41. Tuan, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Londrina: Editora da UEL, 2015.
  42. Uekötter, Frank. Comparing Apples, Oranges, and Cotton: environmental histories of the global plantation. Frankfutr: Campus, 2014.
  43. Worster, Donald. Dust Bowl: the southern plains in the 1930s. New York: Oxford University Press, 2004 [1979].