v. 27 n. 1 (2021): Dossiê - Visões da História Chinesa
Seção Livre

Os que fracassaram: os candidatos rejeitados pelo Santo Ofício em Minas Gerais Colonial

Luiz Fernando Rodrigues Lopes
Instituto Federal de Brasília - IFB

Publicado 2021-05-13

Palavras-chave

  • Santo Ofício,
  • Inquisição,
  • Mobilidade social,
  • Cristãos-novos,
  • Mestiçagem,
  • Minas Gerais Colonial
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Como Citar

Rodrigues Lopes, Luiz Fernando. 2021. “Os Que Fracassaram: Os Candidatos Rejeitados Pelo Santo Ofício Em Minas Gerais Colonial”. Locus: Revista De História 27 (1):203-28. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2021.v27.31898.

Resumo

O objetivo deste artigo é identificar os candidatos reprovados no Tribunal do Santo Ofício que viviam na sociedade mineira colonial e analisar as circunstâncias que marcaram a recusa destes pretendentes, bem como compreender em alguma medida o que este fracasso representou para tais personagens. Por meio do cruzamento dos processos indeferidos – Habilitações Incompletas do Tribunal do Santo Ofício – com requerimentos ao Conselho Ultramarino e fontes cartoriais dos arquivos mineiros, esta investigação busca analisar a mobilidade social pelo avesso, ou seja, pelo prisma do fracasso. O argumento central é de que o acesso a cargos de agentes da Inquisição, valioso emulador de prestígio no Império português, foi artifício importante para consolidar a autoridade e o poder de mando na sociedade mineira, mas quando não foi possível usufruir deste mecanismo, em razão da rejeição de suas candidaturas, estes homens contornaram o fracasso na carreira inquisitorial e reelaboraram o projeto de escalada social por meio de outras formas de distinção. Isso parece ter sido possível em razão da singularidade dos marcadores sociais do mundo colonial, menos obsessivo com a pureza de sangue, condição ainda mais acentuada na sociedade mineira, marcada por sua fluidez social.

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Referências

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