Avaliação da qualidade de vida em pacientes com disfunção temporomandibular

Autores

  • Thalita Teixeira Maia Passos Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG (SUPREMA) https://orcid.org/0000-0002-9546-9850
  • Hugo Rodrigues Gonçalves Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG (SUPREMA)
  • Rodrigo Melo Peixoto Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG (SUPREMA)
  • Fernanda Ribeiro Porto Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG (SUPREMA)
  • Tiago Pereira Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG (SUPREMA)
  • Antônio Márcio Lima Ferraz Junior Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - MG (SUPREMA)

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2020.v46.30778

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Transtornos da Articulação Temporomandibular, Odontologia

Resumo

Introdução: Há um reconhecimento crescente de que a saúde bucal tem um impacto significativo não apenas físico, mas também social e psicológico. A disfunção temporomandibular (DTM) pode originar morbidades relevantes, resultando em consequências que afetam a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em pacientes portadores de DTM.Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional e transversal, no qual foram avaliados 34 pacientes, sem distinção de gênero, maiores de 18 anos, atendidos na disciplina de DTM do curso de Odontologia da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (SUPREMA). Através da aplicação do eixo I do RDC/TMD, os indivíduos foram classificados de acordo com o diagnóstico de DTM. Os participantes selecionados responderam o questionário OHIP-14, que permitiu avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida dos pacientes.Resultados: Em relação ao RDC/TMD, 38,24% dos pacientes foram diagnosticados com dor miofascial no Grupo I, 62% dos pacientes apresentaram diagnóstico unilateral no Grupo II e 47% dos pacientes apresentaram diagnóstico bilateral no Grupo III. A pontuação média do OHIP-14 foi de 18,65 (desvio padrão = 10,77), variando entre 0 e 52 pontos. A pontuação média dos indivíduos que apresentaram dor miofascial com limitação de abertura foi estatisticamente superior à pontuação dos indivíduos com dor miofascial. A correlação entre a idade dos participantes e suas respectivas pontuações no OHIP-14 foi significante estatisticamente. Conclusão: Maior associação entre os escores do OHIP-14 e as disfunções musculares, sendo possível sugerir que uma disfunção muscular associada com limitação de abertura bucal gerou maior impacto na qualidade de vida dos pacientes. Pacientes idosos com DTM apresentam um maior impacto na sua qualidade de vida relacionada com a saúde oral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aguilera AB, Hungría AB, Velázquez LB, Rosal RSD, López LG, Aguilera EB et al. Application of an oral health-related quality of life questionnaire in primary care patients with orofacial pain and temporomandibular disorders. Med Oral Oral Patol Cir Bucal. 2014; 19(2):127-35.

Okeson J. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. 7th. Rio de Janeiro: Elsevier Health SciencesBrazil; 2013.

Resende CMBM, Alves ACM, Coelho LT, Alchieri JC, Roncalli AG, Barbosa GAS et al. Quality of life and general health in patients with temporomandibular disorders. Braz Oral Res. 2013; 27(2):116-21.

Maydana AV, Tesch RS, Denardin OVP, Ursi WJS, Dworkin SF. Possíveis fatores etiológicos para desordens temporomandibulares de origem articular com implicações para diagnóstico e tratamento. Dental Press J Orthod. 2010; 15(3):78-86.

Kothari SF, Baad-Hansen L, Svensson P. Psychosocial profiles of temporomandibular disorder pain patients: proposal of a new approach to present complex data. J Oral Facial Pain Headache. 2017; 31(3):199-209.

Romero-Reyers M, Uyanik JM, Figueiredo VMG. Orofacial pain management: current perspectives. J Pain Res. 2017; 7:99-115.

Boening K, Wieckiewicz M, Stolarz AP, Wiland P, Shiau YY. Temporomandibular disorders and oral parafunctions: mechanism, diagnostics, and therapy. Biomed Res Int. 2015; 2015:354759. doi: 10.1155/2015/354759

Bitiniene D, Zamaliauskiene R, Kubilius R, Leketas M, Gailius T, Smirnovaite K. Quality of life in patients with temporomandibular disorders: a systematic review. Stomatologija, Baltic Dental and Maxillofacial Journal. 2018; 20:3-9.

Oliveira KL, Almeida GA, Lelis ER, Tavares M, Fernandes AFN. Temporomandibular disorder and anxiety, quality of sleep, and quality of life in nursing professionals. Braz Oral Rev. 2015; 29(1):1-7.

Moreno BGD, Maluf SA, Marques AP, Crivello-Júnior O. Clinical and quality-of-life assessment among women with temporomandibular disorder. Rev Bras Fisioter. 2009; 13(3):210-4.

Lemos GA, Paulino MR, Forte FDS, Beltrão RTS, Batista AUD. Influence of temporomandibular disorder presence and severity on oral health-related quality of life. Rev Dor. 2015; 16(1):10-4.

Paulino MR, Moreira VG, Lemos GA, Silva PLP, Bonan PRF, Batista AUD. Prevalence of signs and symptoms of temporomandibular disorders in college preparatory students: associations with emotional factors, parafunctional habits, and impact on quality of life. Ciência & Saúde Coletiva. 2018; 23(1):173-86.

Carolina AR, Lais VM, Melissa OM, Marcelo OM. Evaluation of the impact on quality of life of patients with temporomandibular disorders. Rev Dor. 2015; 16(3):181-5.

Su N, Liu Y, Yang X, Shen J, Wang H. Correlation between oral health-related quality of life and clinical dysfunction index in patients with temporomandibular joint osteoarthritis. J Oral Sci. 2016; 58(4):483-90.

Vedolin GM, Lobato VV, Conti PC, Lauris JR. The impact of stress and anxiety on the pressure pain threshold of myofascial pain patients. J Oral Rehabil. 2009; 36(5):313-21.

Maixner W, Diatchenko L, Dubner R, Fillingim RB, Greenspan JD, Knott C, et al. Orofacial pain prospective evaluation and risk assessment study-the OPPERA study. J Pain. 2011; 12(11 Suppl):T4-11.e1-2. doi: 10.1016/j.jpain.2011.08.002

Schiffman E, Ohrbach R. Executive summary of the diagnostic criteria for temporomandibular disorders for clinical and research applications. J Am Dent Assoc. 2016; 147(6):438-45.

Lomas J, Gurgenci T, Jackson C, Campbell D. Temporomandibular dysfunction. Aust J GenPract. 2018; 47(4):212-5.

Pereira Júnior FJ, Favilla EE, Dworkin S, Huggins K. Critérios de diagnóstico para pesquisa das disfunções temporomandibulares (RDC/TMD). JBC J Bras Clin Odontol Integr. 2004; 8(47):384-95.

Blanco-Aguilera A, Blanco-Aguilera E, Serrano-Del-Rosal R, Biedma-Velázquez L, Rodriguez-Torronteras A, Segura-Saint-Gerons R et al. Influence of clinical and psychological variables upon the oral health-related quality of life in patients with temporomandibular disorders. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2017; 22(6):669-78.

Blanco-Hungría A, Blanco-Aguilera A, Blanco-Aguilera E, Serrano-del-Rosal R, Biedma-Velázquez L, Rodríguez-Torronteras A, et al. Prevalence of the different Axis I clinical subtypes in a sample of patients with orofacial pain and temporomandibular disorders in the Andalusian Healthcare Service. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2016; 21(2):169-77.

Renhe LS, Miranda JS, Malta NV, Leite ICG, Leite FPP. Importance of stability and retention of double total prostheses: factors related to its use in the etiology of temporomandibular disorders. Braz Dent Sci. 2016; 19(1): 55-9.

Souza SE, Cavalcanti NP, Oliveira LV, Meyer GA. Prevalência de desordens temporomandibulares em indivíduos desdentados reabilitados com próteses totais convencionais. Rev Odontol UNESP. 2014; 43(2):105-10.

Schiffman E, Ohrbach R, Truelove E, Look J, Anderson G, Goulet JP et al. Diagnostic criteria for temporomandibular disorders (DC/TMD) for clinical and research applications: recommendations of the International RDC/TMD Consortium Network and Orofacial Pain Special Interest Group. J Oral Facial Pain Headache. 2014; 28(1):6-27.

Trize DM, Calabria MP, Franzolin SOB, Cunha CO, Marta SN. Is quality of life affected by temporomandibular disorders? Einstein. 2018; 16(4):eAO4339. doi: 10.31744/einstein_journal/2018AO4339

Derwich M, Mitus-Kenig M, Pawlowska E. Interdisciplinary approach to the temporomandibular joint osteoarthritis: review of the literature. Medicina (Kaunas). 2020; 56(5):225. doi: 10.3390/medicina56050225

Sanders C, Liegey-Dougall A, Haggard R, Buschang P, Karbowski S, Riggs R, Gatchel RJ. Temporomandibular disorder diagnostic groups affect outcomes independently of treatment in patients at risk for developing chronicity: a 2-year follow-up study. J Oral Facial Pain Headache. 2016; 30(3):187-202.

Downloads

Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Teixeira Maia Passos T, Rodrigues Gonçalves H, Melo Peixoto R, Ribeiro Porto F, Pereira T, Lima Ferraz Junior AM. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com disfunção temporomandibular. HU Rev [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];46:1-8. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/30778

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)