Diagnóstico tardio de Citomegalovirose em recém-nascido pré-termo, por carência de triagem no período gestacional: uma realidade do Brasil - Relato de Caso

Autores

  • Ana Paula Morguete Ferreira Centro Universitário Estácio Ribeirão Preto
  • Fabrícia Belloni dos Santos Vieira Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto
  • Felipe Rezende Giacomelli Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto
  • Tânia Aparecida Bernardes Page Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto
  • Viviane Romano Moraes Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto
  • Zumira Aparecida Carneiro Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.2799

Palavras-chave:

Citomegalovírus, Infecção neonata, UTI Neonatal, Ganciclovir

Resumo

O citomegalovírus pertence à família do Herpes vírus, e está presente na maior parte da população. A citomegalovirose no período neonatal pode estar associada à transmissão intra-útero por via transplacentária, ou ainda, perinatal.  No caso apresentado, destaca-se a demora no diagnóstico e na efetivação da conduta terapêutica visto que, no Brasil, o rastreamento de infecção por citomegalovírus em gestante não faz parte da rotina de pré-natal. O diagnóstico da citomegalovirose neonatal é obtido por meio da realização da cultura do vírus na urina entre o terceiro e o quinto dia de vida, ou ainda, pela realização da Reação em Cadeia de Polimerase. No relato de caso, o tratamento utilizado para a citomegalovirose baseou-se no uso de Ganciclovir (500 mg/10ml por via endovenosa durante três semanas). A dificuldade de estabelecer um diagnóstico precoce da citomegalovirose neonatal ainda representa um dos principais desafios para se alcançar um melhor prognóstico da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVEDO, P. F. et al. Citomegalovirose congênita: relato de caso. Revista Brasileira Ginecologia Obstetra. v. 27, n. 12, p. 750-758, mar./dez. 2005.

BOPPANA, S. B.; ROSS, S. A.; FOWLER, K. B. Congenital cytomegalovirus infection: clinical outcome. Clinical infectious diseases. v. 57, n. suppl 4, p. S178-S181, dec. 2013.

BRITT, W. J. Congenital HCMV infection and the enigma of maternal immunity. Journal of Virology, v. 12(91), n. 15, p. JVI. 02392-16, jul. 2017.

DE MATOS, S. B. Citomegalovírus: uma revisão da patogenia, epidemiologia e diagnóstico da infecção. Revista Saúde.com. v. 7, n. 1, p. 44-57, jul/set. 2016.

DOLLARD, S. C.; GROSSE, S. D.; ROSS, D. S. New estimates of the prevalence of neurological and sensory sequelae and mortality associated with congenital cytomegalovirus infection. Reviews in medical virology. v. 17, n. 5, p. 355-363, sep./oct. 2007.

FOWLER, K. B. Congenital cytomegalovirus infection: audiologic outcome. Clinical infectious diseases. v. 57, n. suppl 4, p. S182-S184, dec. 2013.

GRANATO, C. A problemática da infecção pelo citomegalovírus em pacientes imunodeprimidos. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. v. 23, n. 3, p. 130-132, sep./dec. 2001.

GROSSE, S. D.; DOLLARD, S. C.; KIMBERLIN, D. W. Screening for Congenital Cytomegalovirus After Newborn Hearing Screening: What Comes Next? Pediatrics, v. 139, n. 2, p. e20163837, feb. 2017.

Downloads

Publicado

2018-10-15

Como Citar

1.
Ferreira APM, Vieira FB dos S, Giacomelli FR, Page TAB, Moraes VR, Carneiro ZA. Diagnóstico tardio de Citomegalovirose em recém-nascido pré-termo, por carência de triagem no período gestacional: uma realidade do Brasil - Relato de Caso. HU Rev [Internet]. 15º de outubro de 2018 [citado 29º de março de 2024];43(3):295-9. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2799

Edição

Seção

Relato de Caso