Avaliação da eficácia e segurança de pegaspargase, em comparação à L-asparaginase, e sua viabilidade econômica no tratamento de leucemia linfoblástica aguda

Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H)

Autores/as

  • Hérica Núbia Cardoso Cirilo Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0000-0001-7307-4594
  • Amanda Ribeiro Feitosa Programa de Residência Multiprofissional em Saúde, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0009-0009-6180-8867
  • Gabriela Soares da Silva Programa de Residência Multiprofissional em Saúde, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0000-0002-4081-4944

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.43248

Palabras clave:

Leucemia-linfoma Linfoblástico de Células Precursoras, Asparaginase, Avaliação de Eficácia-efetividade de Intervenções, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos, Avaliação em Saúde

Resumen

Introdução: O tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA) é relacionado a eventos adversos (EA) e mortalidade por toxicidade dos medicamentos utilizados. Protocolos com L-asparaginase (L-Asp) têm demonstrado melhor prognóstico, porém podem causar hipersensibilidade e desenvolvimento de anticorpos neutralizantes por ser produzida a partir da Escherichia coli. A conjugação de E. coli L-Asp com monometoxipolietilenoglicol resulta na PEG-Asp, com menor imunogenicidade e maior meia-vida. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança da PEG-Asp, em comparação à L-Asp, no tratamento de LLA, e sua viabilidade econômica para subsidiar a tomada de decisão quanto à sua incorporação. Material e Métodos: Estudo descritivo de síntese de evidências e avaliação econômica. Busca de evidências foi realizada no MEDLINE, Cochrane Library, Embase, Epistemonikos e agências de avaliação de tecnologias em saúde. Foram considerados elegíveis revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos observacionais, publicados em inglês, espanhol e português, independente da data. Viabilidade econômica foi calculada a partir do custo do uso da PEG-Asp no protocolo GRAALL – 2003 frente ao valor faturado via Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade. Resultados: Evidências demonstraram eficácia semelhante entre PEG-Asp e L-Asp para maioria dos desfechos de interesse, com superioridade na prevenção de leucemia no sistema nervoso central em adultos e comodidade posológica. PEG-Asp demonstrou maior frequência de EA em adultos recém diagnosticados e ausência de diferença na toxicidade e mortalidade nos recidivados. Incorporação da PEG-Asp se mostrou economicamente viável para pacientes adultos e desvantajosa naqueles com 18 e 19 anos incompletos, considerando superfície corpórea média de 1,7m2. Conclusão: Recomendou-se a incorporação de PEG-Asp para tratamento de LLA em pacientes acima de 18 anos e naqueles com 18 a 19 anos incompletos, deve-se avaliar a viabilidade econômica em função da superfície corpórea. Além do perfil de eficácia e segurança da PEG-Asp, não há medicamentos dessa classe terapêutica com registro para adultos na Anvisa.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Heo Young-A, Syed YY, Keam SJ. Pegaspargase: a review in acute lymphoblastic leukaemia. Drugs. 2019; 79(7):767-77.

National Cancer Institute. Adult acute lymphoblastic leukemia treatment (PDQ®): health professional version [Internet]. 2019 [citado em 2024 jan. 3]. Disponível em: https://www.cancer.gov/types/leukemia/hp/adult-all-treatment-pdq

Bade NA, Lu C, Patzke CL, Baer MR, Duong VH, Law JY et al. Optimizing pegylated asparaginase use: an institutional guideline for dosing, monitoring, and management. Journal of Oncology Pharmacy Practice. 2020; 26(1):74-92.

Rytting M. Peg-asparaginase for acute lymphoblastic leukemia. Expert Opinion on Biological Therapy. 2010; 10(5):833-9.

Hoelzer D, Bassan R, Dombret H, Fielding A, Ribera JM, Buske C. Acute lymphoblastic leukaemia in adult patients: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Annals of Oncology. 2016; 27:v69-82.

Aldoss I, Douer D. How I treat the toxicities of pegasparaginase in adults with acute lymphoblastic leukemia. Blood. 2020; 135(13):987-995.

Kurtzberg J, Asselin B, Bernstein M, Buchanan GR, Pollock BH, Camitta BM. Polyethylene glycol-conjugated l-asparaginase versus native l-asparaginase in combination with standard agents for children with acute lymphoblastic leukemia in second bone marrow relapse. Journal of Pediatric Hematology/Oncology. 2011; 33(8):610-6.

Daley RJ, Rajeeve S, Kabel CC, Pappacena JJ, Stump SE, Lavery JA et al. Tolerability and toxicity of pegaspargase in adults 40 years and older with acute lymphoblastic leukemia. Leukemia & Lymphoma. 2021; 62(1):176-84.

Oparaji JA, Rose F, Okafor D, Howard A, Turner RL, Orabi AI et al. Risk factors for asparaginase-associated pancreatitis: a systematic review. Journal of Clinical Gastroenterology. 2017; 51(10):907-13.

Dai ZJ, Huang YQ, Lu Y. Efficacy and safety of PEG-asparaginase versus E. coli L-asparaginase in Chinese children with acute lymphoblastic leukemia: a meta-analysis. Translational Pediatrics. 2021; 10(2):244-55.

Liu W, Wang H, Wang W, Zhu M, Liu C, Wang J et al. Use of PEG-asparaginase in newly diagnosed adults with standard-risk acute lymphoblastic leukemia compared with E. coli-asparaginase: a retrospective single-center study. Scientific Reports. 2016; 6(1).

Medawar CV, Mosegui GBG, Vianna CMM, Costa TMA. PEG-asparaginase and native Escherichia coli L-asparaginase in acute lymphoblastic leukemia in children and adolescents: a systematic review. Hematology, Transfusion and Cell Therapy. 2020; 42(1):54-61.

Place AE, Stevenson KE, Vrooman LM, Harris MH, Hunt SK, O’Brien JE et al. Intravenous pegylated asparaginase versus intramuscular native Escherichia coli l-asparaginase in newly diagnosed childhood acute lymphoblastic leukaemia (DFCI 05-001): a randomised, open-label phase 3 trial. The Lancet Oncology. 2015; 16(16):1677-90.

Ribera J, Morgades M, Montesinos P, Martino R, Barba P, Yolanda B et al. Efficacy and safety of native versus pegylated Escherichia coli asparaginase for treatment of adults with high-risk, Philadelphia chromosome-negative acute lymphoblastic leukemia. Leukemia & Lymphoma. 2018; 59(7):1634-43.

Faderl S, Thomas DA, O’Brien S, Ravandi F, Garcia-Manero G, Borthakur G et al. Augmented hyper-CVAD based on dose-intensified vincristine, dexamethasone, and asparaginase in adult acute lymphoblastic leukemia salvage therapy. Clinical Lymphoma Myeloma and Leukemia. 2011; 11(1):54-9.

Avramis VI, Sencer S, Periclou AP, Sather H, Bostrom BC, Cohen LJ et al. A randomized comparison of native Escherichia coli asparaginase and polyethylene glycol conjugated asparaginase for treatment of children with newly diagnosed standard-risk acute lymphoblastic leukemia: a Children's Cancer Group study. Blood. 2002; 99(6):1986-94.

Hak LJ, Relling MV, Cheng C, Pei D, Wang B, Sandlund JT et al. Asparaginase pharmacodynamics differ by formulation among children with newly diagnosed acute lymphoblastic leukemia. Leukemia. 2004; 18(6):1072-7.

Vyas C, Jain S, Kapoor G, Mehta A, Takkar Chugh P. Experience with generic pegylated L-asparaginase in children with acute lymphoblastic leukemia and monitoring of serum asparaginase activity. Pediatr Hematol Oncol. 2018; 35(5-6):331-40.

Rozen L, Noubouossie D, Dedeken L, Huybrechts S, Lê PQ, Ferster A et al. Different profile of thrombin generation in children with acute lymphoblastic leukaemia treated with native or pegylated asparaginase: a cohort study. Pediatr Blood Cancer. 2017; 64(2):294-301.

Lowas SR, Marks D, Malempati S. Prevalence of transient hyperglycemia during induction chemotherapy for pediatric acute lymphoblastic leukemia. Pediatr Blood Cancer. 2009; 52(7):814-8.

Liang J, Shi P, Guo X, Li J, He L, Wang Y et al. A retrospective comparison of Escherichia coli and polyethylene glycol-conjugated asparaginase for the treatment of adolescents and adults with newly diagnosed acute lymphoblastic leukemia. Oncol Lett. 2018; 15(1):75-82.

National Institute for Health and Care Excellence. Pegaspargase for treating acute lymphoblastic leukaemia-technology appraisal guidance [Internet]. 2016 [citado em 2024 jan. 3]. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/ta408.

Fu CH, Sakamoto KM. PEG-asparaginase. Expert Opin Pharmacother. 2007; 8(12):1977-84.

Electronic Medicines Compendium. Oncaspar 750 U/ml powder for solution for injection/infusion: summary of product characteristics (SmPC) (EMC) [Internet]. 2023 [citado em 2024 jan. 3]. Disponível em: https://www.medicines.org.uk/emc/product/10824/smpc#about-medicine.

European Medicines Agency. Oncaspar: EMA [Internet]. 2016 [citado em 2024 jan. 3]. Disponível em: https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/oncaspar#ema-inpage-item-product-info.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta produtos regularizados [Internet]. 2023 [citado em 2024 jan. 3]. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351771428201819/?substancia=7355.

Laboratórios Bagó do Brasil S.A. Spectrila®: asparaginase pó liofilizado para solução injetável 10.000 U por frasco: bula do profissional [Internet]. 2021 [citado em 2024 jan. 3]. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/medicamentos/arquivo/bula/parecer/eyJhbGciOiJIUzUxMiJ9.eyJqdGkiOiIxODQ2MTQ0MiIsIm5iZiI6MTcwNDI5MTg4OSwiZXhwIjoxNzA0MjkyMTg5fQ.WYgjdpw24SLMsVi3qCTtmLj5wxXE4jazbaKTOBk_pImDkTWUrEVxrnvCersxYLrssI_1HtezbIuIUO24wLQmTw/?Authorization=

Publicado

2024-04-02

Cómo citar

1.
Cardoso Cirilo HN, Ribeiro Feitosa A, Soares da Silva G. Avaliação da eficácia e segurança de pegaspargase, em comparação à L-asparaginase, e sua viabilidade econômica no tratamento de leucemia linfoblástica aguda: Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H). HU Rev [Internet]. 2 de abril de 2024 [citado 23 de noviembre de 2024];49:1-11. Disponible en: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43248

Número

Sección

Artigos Originais

Artículos más leídos del mismo autor/a