“Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti”: vivências de mulheres em luto perinatal

Autores/as

  • Andrielly Cavalcante Fonseca Universidade Federal de Campina Grande
  • Glenda Agra Universidade Federal de Campina Grande https://orcid.org/0000-0002-7628-9029
  • Monique Pereira da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Maria Clara Soares Dantas Universidade Federal de Campina Grande
  • Edlene Régis Pimentel Universidade Federal de Campina Grande
  • Alynne Mendonça Saraiva Nagashima Universidade Federal de Campina Grande https://orcid.org/0000-0002-7939-3059
  • Edmundo de Oliveira Gaudêncio Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.40674

Palabras clave:

Mujer; Dolor; Muerte perinatal.

Resumen

Introdução: O luto perante a morte perinatal é específico e diferente de uma perda real, uma vez que a mãe nunca conheceu o objeto do seu luto e a morte repentina do bebê representa também a perda de uma identidade maternal. É neste momento, após o conhecimento de que algo que não aconteceu, que as expectativas e os desejos de gerarem uma vida ficam proibidos, e o sofrimento e a reação à perda tomam repercussões. Objetivo: Investigar as vivências de mães em luto perinatal. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, realizada com mulheres em luto perinatal acompanhadas pela equipe multiprofissional de uma maternidade pública da Paraíba, com idade maior ou igual a 18 anos. Utilizou-se a saturação dos dados para o fechamento amostral. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: Participaram das entrevistas 18 mulheres em luto perinatal. A partir dos discursos das mulheres enlutadas foi possível elaborar duas categorias temáticas: categoria temática 1 – processo de enlutamento; e categoria temática 2 – processo de cuidar à parturiente.  Discussão: De forma geral, observou-se que a maioria das mulheres elaborou a perda de seus bebês, atravessou o trabalho de luto, experimentando sentimentos de choque, negação, culpa, ambivalência, e, com isso, ressignificando suas dores, contudo, outras mulheres não conseguiram elaborar a perda do bebê morto. No que se refere ao processo de cuidar, observou-se, de forma geral, uma lacuna na assistência humanizada às mulheres, sobretudo no período intraparto e puerperal. Conclusão: Consideram-se urgente a elaboração e a implantação de uma política pública voltada para o luto perinatal, desde o puerpério imediato até o seu retorno domiciliar, a fim de assistir às mulheres no período puerperal, considerado o mais difícil no processo de enlutamento.

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Biografía del autor/a

Andrielly Cavalcante Fonseca, Universidade Federal de Campina Grande

Enfermeira.

Glenda Agra, Universidade Federal de Campina Grande

Psicólogo. Enfermero. Tanatólogo. Doula de la muerte. Maestría y Doctorado en Salud y Enfermería, con énfasis en Cuidados Paliativos. Miembro del Comité de Enfermería de la Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Profesora Adjunta IV y Coordinadora del Centro de Estudios e Investigaciones en Cuidados Paliativos (NECUP) de la Licenciatura en Enfermería de la Universidad Federal de Campina Grande, Paraíba.

Monique Pereira da Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Enfermeira.

Maria Clara Soares Dantas, Universidade Federal de Campina Grande

Enfermeira.

 

Edlene Régis Pimentel, Universidade Federal de Campina Grande

Enfermero. Máster en Salud Pública. Estudiante de doctorado en Salud Pública. Profesora de la Licenciatura en Enfermería del Centro de Educación en Salud de la Universidad Federal de Campina Grande, Paraíba.

Alynne Mendonça Saraiva Nagashima, Universidade Federal de Campina Grande

Enfermero. Máster y Doctorado en Salud y Enfermería. Profesora Asociada de la Licenciatura en Enfermería y Presidenta del Núcleo de Salud Mental y Bienestar (NISE) del Centro de Educación y Salud de la Universidad Federal de Campina Grande, Paraíba.

Edmundo de Oliveira Gaudêncio, Universidade Federal de Campina Grande

Médico psiquiatra. Máster y Doctor en Sociología. Profesor Asociado del Curso de Medicina del Centro de Ciencias Biológicas y de la Salud de la Universidad Federal de Campina Grande, Paraíba.

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Publicado

2023-11-09

Cómo citar

1.
Cavalcante Fonseca A, Agra G, Pereira da Silva M, Soares Dantas MC, Régis Pimentel E, Mendonça Saraiva Nagashima A, de Oliveira Gaudêncio E. “Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti”: vivências de mulheres em luto perinatal. HU Rev [Internet]. 9 de noviembre de 2023 [citado 23 de noviembre de 2024];49:1-10. Disponible en: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40674

Número

Sección

Artigos Originais