Associação entre a percepção da autoimagem corporal e o risco de transtornos alimentares: um estudo comparativo entre universitárias dos cursos de nutrição e enfermagem
a comparative study between nutrition and nursing students
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.38851Palabras clave:
Insatisfação Corporal, Transtornos da Alimentação e da Ingestão de Alimentos, Anorexia, Saúde do EstudanteResumen
Introdução: Os transtornos alimentares (TAs) são considerados doenças psiquiátricas, caracterizadas por desvios graves no comportamento alimentar e tem como principal fator de risco a insatisfação com a imagem corporal. Estudos com universitários da área da saúde verificaram que estes grupos apresentaram evidências de comportamentos de risco para TAs devido às maiores cobranças em relação a sua forma física. Objetivo: Avaliar a associação entre a percepção da autoimagem corporal e o risco de desenvolver transtornos alimentares entre estudantes de nutrição e enfermagem. Material e Método: Estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado com 140 acadêmicas de nutrição e 81 acadêmicas de enfermagem, sexo feminino, idade igual ou maior a 18 anos, cursando uma universidade pública de Cuiabá-MT. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos autoaplicáveis: Eating Attitudes Test (EAT-26), Body Shape Questionnaire (BSQ), Silhouette Matching Taske (SMT) e um questionário com dados sociodemográficos e de estilo de vida. Para análise dos dados, foi utilizado o software SPSS e aplicado o teste qui-quadrado de Pearson e Exato de Fischer com nível de significância p<0,05. Resultados: A prevalência de risco para anorexia segundo o EAT-26, foi de 20% na nutrição e 21% na enfermagem (p=0,86). Avaliando a insatisfação corporal segundo o BSQ, 48,6% e 72,8% tinham algum grau de insatisfação na nutrição e enfermagem, respectivamente (p=0,004). Segundo o SMT, 61,7% das acadêmicas de enfermagem e 62,1 % das acadêmicas de nutrição apresentaram insatisfação por excesso de peso (p=0,677). Observou-se associação significativa da insatisfação corporal com o risco de desenvolver transtornos alimentares em estudantes de ambos os cursos (p<0,05). Conclusão: Os dados evidenciam que a insatisfação corporal das estudantes de enfermagem foi maior que quando comparada com as estudantes de nutrição. Foi encontrado associação significativa da insatisfação corporal com o risco de desenvolver transtornos alimentares em estudantes de ambos os cursos.
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